O Auxílio Emergencial voltou a ser pago nesse mês de abril nas unidades da Caixa e, por esse motivo, o Sindicato dos Bancários do Pará solicitou reunião com a superintendência do banco para tratar sobre diversos assuntos à proteção da saúde e da vida dos bancários e bancárias, dentre outras demandas dos empregados da Caixa.
O pedido da entidade sindical foi aceito e, na tarde desta terça-feira (13), ocorreu a telereunião com a presença da presidenta do Sindicato Tatiana Oliveira e da diretora de bancos federais Cristiane Aleixo, ambas empregadas da Caixa; do Superintendente Cristian Rodrigues e de Ana Camila, Rafael Mesquita e Laura Mello, que representaram o banco.
A Caixa informou que, com o início do pagamento do auxilio emergencial, houve um aumento médio de 45% no número de atendimentos diários nas unidades do banco, muitos deles por conta da procura por informações sobre o pagamento do benefício.
Por esse motivo, a Caixa contratou 86 novas recepcionistas, 93 novos vigilantes externos desarmados para dar suporte nas filas e verificar se os protocolos de prevenção à Covid-19 estão sendo efetuados, como uso de máscaras e distanciamento. Ao todo, a Caixa contratou mais 179 profissionais em todo o Estado do Pará, para colaborar no atendimento do Auxílio Emergencial.
Além disso, a Caixa informou que fez um estudo das unidades críticas, com grande demanda e déficit de empregados, distribuiu 25 novos empregados, com perspectiva de ampliar esse contingente nos próximos meses.
A Caixa garantiu que as barreiras acrílicas nas mesas de atendimento estão sendo instaladas em todas as unidades. Não há uma data limite para conclusão desses equipamentos, devido a dificuldade de aquisição desse material durante a pandemia, pela grande procura.
O banco publicou Edital para alugar novos locais para instalação de 15 novas agências no Pará. A expectativa é que a Caixa supere outros bancos e ocupe o terceiro lugar em oferta de unidades físicas de agencias no Estado.
A Caixa informou que durante o mês de março nenhum empregado veio a óbito devido à Covid-19 e todo o suporte foi e está sendo dado àqueles que vierem a necessitar de remoções, como foi o caso de Tucuruí e Dom Eliseu.
Segundo informações do banco, não existe nenhum empregado da Caixa em UTI no Pará, mas há 2 empregados internados. Atualmente o banco registra 26 bancários e bancárias contaminados pela Covid-19, os quais estão sendo monitorados direta e diariamente pela Superintendência, que tem tomado esse cuidado para ter tempo de reação, caso haja piora no quadro de saúde de algum deles.
A Presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira, questionou sobre a solicitação feita na última reunião com a Caixa, de informar e direcionar os gestores sobre a aquisição das máscaras PFF2 para seus empregados.
O banco informou que no mesmo dia da solicitação faria essa ação, porém a superintendência recebeu recomendação explícita da direção da Caixa sobre a não necessidade desses tipos de máscara, por considerar as agências com baixo risco de contaminação.
Outro questionamento das dirigentes sindicais foi sobre a transferência da Superintendência Regional (SR) da agência São Brás para outro local, devido o espaço não ser suficiente para manter o distanciamento devido entre as mesas.
O Superintendente informou que foi aprovada a saída da SR, área de governo e habitação para a agência Museu e que estão sendo feitas as providências para instalação da estrutura e realização da mudança.
Na última quinta-feira (8) houve o assassinato de um mototaxista em frente à agência Guamá, da Caixa, em Belém. Uma pessoa baleada correu para dentro da unidae, o que gerou desespero em todos que estavam no local na hora do crime.
O banco informou que realizou todo o procedimento de segurança e suporte psicológico dentro dos protocolos digitais aos funcionários. A agência foi fechada imediatamente e o próprio Superintendente foi ao local fazer a apuração dos fatos e comunicar à vice-presidência do Banco o que ocorreu.
A agência permaneceu fechada na sexta (9) e só reabriu na segunda-feira (12), com a visita de uma representante da Caixa para conversar com os empregados e verificar como estavam emocionalmente.
A Caixa entrou em contato com a prefeitura para fazer uma proposta de retirada do ponto de mototáxi da frente da referida agência.
A presidenta Tatiana Oliveira ressaltou a necessidade de amparo e de rodizio de empregados, caso algum apresente traumas, sem conseguir entrar na agência. O Superintendente disse que entraria em contato com os empregados e ver se alguém gostaria de fazer esse rodizio.
Segundo a superintendência da Caixa, o direcionamento do banco é para respeitar a vontade do empregado em fazer ou não a reserva da Caixa Seguridade, tendo o livre arbítrio pra decidir. Inclusive, ressaltou que: caso algum empregado se sinta assediado, deve comunicar imediatamente ao Sindicato.
A presidenta Tatiana Oliveira ressaltou que essa postura da Caixa vai de encontro ao que as entidades sindicais defendem, pois enfraquece o caráter público da empresa, ocasionando a perda de receitas a longo prazo. Além disso, o recurso oriundo da venda dessas ações não será revertido para ajudar o País a sair da grave crise sanitária e econômica, mas sim ao Tesouro Nacional para o pagamento da dívida pública. Ainda de acordo com a dirigente sindical, o funcionalismo do banco estaria sendo pressionado a vender essas ações.
As dirigentes sindicais questionaram sobre que medidas foram tomadas para resolver o problema do ar condicionado da Ag. Marco. Segundo a superintendência, o responsável pela infraestrutura da agência realizou uma solução temporária, mas que garante as devidas condições de conforto aos empregados e clientes até o equipamento ser substituído definitivamente.
Por último, o Sindicato cobrou o calendário da vacina H1N1 e a Caixa se comprometeu em repassar a informação para o Sindicato.
Fonte: Bancários PA