O Sindicato dos Bancários de Dourados e Região organizou, na manhã desta quinta-feira (08), mais uma manifestação dos bancários do Bradesco em repúdio ao descaso do banco que fechou quatro agências bancárias em Dourados e mais uma na cidade de Itaporã, concentrando todo o atendimento na única agência que restou na cidade, a Agência Centro, local do protesto de hoje.

Com carro de som, faixas e disponibilizando cadeiras para os clientes e usuários do banco sentarem, minimizando o sofrimento dos mesmos durante o longo tempo de espera para o atendimento, os diretores do sindicato enveloparam a unidade com uma lona preta em sinal de luto e solidariedade com a população que necessita do atendimento no Bradesco e também com os funcionários que estão sobrecarregados de trabalho. Veja a galeria de fotos da manifestação no final da matéria!

Durante a manifestação o Presidente do Sindicato, Janes Estigarribia, denunciou a prática do Bradesco com o fechamento de agências, demissões e transferências forçadas dos bancários e bancárias, vítimas de uma política de reestruturação que visa exclusivamente o lucro em detrimento de condições dignas de trabalho aos funcionários e o respeito e tratamento digno a população.

O Sindicato tem denunciado sistematicamente o Bradesco com várias manifestações, protestos e denúncias (veja a cronologia nos links no final da matéria) desde o início da política de reestruturação do banco com fechamento de agências. Inclusive o último tinha sido realizado no dia 07 de abril, quando o sindicato também disponibilizou cadeiras para os clientes e usuários sentarem enquanto aguardavam o atendimento. Antes disso, a diretoria já havia cobrado uma solução junto ao novo Diretor Regional do Bradesco, o Sr. José Campos Otoni Júnior.

“Sempre dissemos ao banco que o resultado dessa política seria esse que estamos vendo agora, superlotação da agência que restou em Dourados, funcionários estressados e sobrecarregados e em vários casos, até adoecidos, além dos clientes e usuários insatisfeitos com o atendimento do banco, descarregando sua frustação nos bancários e bancárias”, lembrou Estigarribia.

Os protestos dos bancários estão sendo realizados sem o fechamento da agência, justamente para não prejudicar ainda mais a situação de quem precisa de um atendimento humanizado que o Bradesco insiste em não fazer, porém se nada mudar, em respeito aos funcionários que são os mais penalizados com a unidade abarrotada de gente para atender e a pressão do banco para o cumprimento de metas abusivas, uma paralização completa não está descartada em futuras manifestações.

Fechamento de agências também na região

Além das quatro unidades fechadas em Dourados e da única de Itaporã o Bradesco fechou também a única agência do banco na cidade de Nova Alvorada do Sul e, já anunciou que, a partir do próximo dia 24 de maio, fechará também a única unidade existente em  Glória de Dourados e, como tem feito nos outros casos, transferindo os funcionários para outras praças em decisão unilateral da empresa e a clientela para agência em outra cidade a quilômetros de distância da praça que encerrou suas atividades, Descaso completo!

Cobrança foi feita também pela COE

A política desumana do Bradesco também foi pauta da reunião da COE (Comissão de Organização dos Funcionários) realizada com o banco, nesta quarta-feira (07), na Cidade de Deus, em Osasco (SP), com a presença do diretor do sindicato, Edegar Alves Martins.

Na oportunidade a coordenadora da COE, Erica de Oliveira, reforçou que a defesa do emprego é prioridade para o movimento sindical. “Todos os pontos debatidos são muito importantes. O movimento sindical no Brasil inteiro está muito preocupado com o fechamento de locais de trabalho e isso não pode se refletir no emprego dos bancários. Esta é a nossa preocupação número 1. O bom atendimento se faz com bancários e a gente vai insistir nisso”, disse ela à direção da empresa.

Agenda para discutir o problema

Ainda durante a manifestação o Presidente do Sindicato, Janes Estigarribia, fez contato com a superintendência do Bradesco em Campo Grande solicitando uma reunião para tratar do assunto e aguarda um posicionamento do banco. “Seguiremos mobilizados nesta pauta e, como sempre, a disposição das bancárias e bancários para que continuem reportando a nossa entidade os abusos, pressões e violações de direitos cometidos pelo banco. Reforçando ainda a importância de fortalecer a luta coletiva. Vamos seguir firmes na resistência", finalizou Estigarribia.