Bancárias e bancários do Banco do Brasil realizaram nesta quinta-feira (21.01) mais um Dia Nacional de Lutas para alertar a população para o objetivo do governo Bolsonaro: destruir o BB, uma das principais empresas do país e um dos maiores bancos da América Latina. A reestruturação prevê o fechamento de agências e outras unidades do BB, além da demissão de 5 mil funcionários.
Em Cuiabá, o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB/MT) realizou Ato Público na agência Paiaguás, localizada no Complexo Administrativo do Governo de Mato Grosso e contou com a participação da Deputada Federal, professora Rosa Neide, do deputado estadual Valdir Barranco e da vereadora de Cuiabá, Edna Sampaio, ambos do PT. Também contou com a presença do presidente da CUT/MT, professor Henrique Lopes e do representante da FETEC/CN, Arilson da Silva.
“Além do retardamento por 1 hora dos Caixas, que atingiu 100% em Cuiabá, Várzea Grande e vários municípios de MT: Arenápolis, Alta Floresta, Comodoro, Chapada dos Guimarães e outras que ainda não enviaram informações. O Seeb/MT também realizou reunião com os funcionários, distribuição da Carta Aberta à população e irá protocolar ofício ao Governado e aos parlamentares do Estado, solicitando apoio para barrar o fechamento de agências nos municípios que contam apenas com os serviços bancários do BB”, informou o secretário geral do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb/MT) e membro da CEBB, Alex Rodrigues.
“Afinal de contas, a economia de Mato Grosso, é essencialmente, baseada na agricultura familiar, o BB é de extrema importância ao Estado, não podemos admitir o fim do principal banco público que atende esse setor econômico, colocando em risco a segurança alimentar”, acrescenta, Alex.
“Esse é um movimento, onde precisamos mobilizar todas as representações políticas. Tivemos aqui a presença, daqueles que sempre representaram o povo e a classe trabalhadora, mas, iremos procurar os demais porque é essa a luta de todos. Defender o Banco do Brasil é defender o Patrimônio Nacional”, completa o dirigente do Seeb/MT, que também é funcionário do BB.
O calendário de mobilizações se estende até o dia 28. Entre 21 e 28 de janeiro, as entidades sindicais manterão as mobilizações permanentes nos locais, com plenárias, reuniões nos locais de trabalho, ações nas mídias sociais, buscando apoio da sociedade.
“A direção do banco desrespeita os trabalhadores, descomissionado e fechando agências. Os trabalhadores estão indignados e já começaram a demonstrar o seu descontentamento. Outras manifestações virão e cada vez será maior a partir de agora os trabalhadores vão se organizar ainda mais em paralisações maiores com mais adesões”, frisou o secretário de Assuntos Jurídicos do Seeb/MT e Funcionário do BB, Marcílio Lima, anunciando que no Dia 29 de janeiro, será um dia de paralisação, e caso as negociações não avancem, a Greve por tempo indeterminado não está descartada.
Para o presidente do Seeb/MT, Clodoaldo Barbosa, essa reestruturação quer a dispensa de 5 mil funcionários em plena pandemia de covid-19, agravando ainda mais o atendimento à população. Para o Sindicato, Bancarizar é ampliar a cidadania, proporcionar a inclusão social e econômica real, além de abrir possibilidades de independência financeira, democratizar e dinamizar o crédito, é dar educação financeira à população, estimulando o empreendedorismo social. Por outro lado, fechar agencias e privatizar um banco público presente na vida dos brasileiros é papel de todos. Por isso, solicita a ajuda da sociedade, pedindo apoio dos clientes para que denunciem a necessidade de as agências se manterem abertas e com número suficiente de trabalhadores para prestar bom atendimento”, afirma o presidente do Seeb/MT.
Importante salientar que todas as atividades seguiram as medidas previstas nos protocolos de prevenção ao contágio da Covid-19.