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29 de Março de 2017 às 07:15

RESISTÊNCIA: Mulheres desconstroem reforma da Previdência

Encontro da Rede UNI Mulheres rechaça proposta do governo Temer em tramitação no Congresso Nacional que vai retardar aposentadoria, arrochar valores dos benefícios e ampliar exclusão previdenciária


Crédito: SEEB/SP
Sindicalistas debatem conjuntura e estratégias de luta para defesa dos direitos das mulheres

São Paulo – Por terem de enfrentar jornadas duplas de trabalho, muitas vezes triplas, cuidando da casa, dos filhos, além da ocupação profissional – e ainda por cima ganhando menos do que os homens – as mulheres serão as mais prejudicadas pelas novas regras da Previdência idealizadas pelo governo de Michel Temer.  

A Proposta de Emenda Constitucional 287, em tramitação no Congresso Nacional, pretende igualar a idade mínima para aposentadoria aos 65 anos tanto para homens como para mulheres. Atualmente as mulheres podem se aposentar cinco anos antes. 

Com esse panorama desalentador no horizonte, o coletivo da Rede de Mulheres UNI Brasil reuniu-se para traçar um plano de ações a fim de enfrentar esse retrocesso e tantas outras injustiças que as mulheres são obrigadas a encarar cotidianamente: discriminação, violência, assédio sexual. 

Foram debatidas conjuntura e estratégias de luta para defesa dos direitos; avaliação das atividades do dia 8 de março, quando a luta contra a reforma da Previdência foi prioridade em todo Brasil; e implementação do plano de ação da 5ª Conferência UNI Américas Mulheres, realizada na Colômbia, com foco na formação de novas lideranças.

“Neste momento de ataque aos direitos, temos que juntar forças, homens e mulheres, para resistir e enfrentar as reformas desse governo que põe em risco os direitos de toda a classe trabalhadora”, diz a secretária de Formação do Sindicato e vice-presidenta do Comitê de Mulheres da UNI Américas, Neiva Ribeiro. 

Derrubando argumentos do governo – Na parte da tarde, o coletivo participou do debate sobre a Reforma da Previdência e os impactos sobre a vida das mulheres. A técnica do Dieese Renata Filgueiras apresentou dados de um estudo elaborado pelo instituto que desconstrói os principais argumentos do governo para equiparação de gênero na Previdência.

1. O governo afirma que as mulheres vivem mais do que os homens e contribuem por menos tempo, onerando o caixa da Previdência.
Segundo o IBGE, no entanto, a diferença de expectativa de vida entre homens e mulheres cai desde 2000, com projeção de queda ainda maior até 2060. Além disso, a diferença na expectativa de sobrevida, a partir de 65 anos, é de apenas três anos.

> Assinta aqui entrevista e veja tbm a íntegra da matéria

 

Fonte: Rodolfo Wrolli - SEEB/São Paulo

 


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