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31 de Janeiro de 2017 às 06:18

Projeções atuariais apontam que Saúde Caixa será superavitário pelo menos até 2018

Os estudos foram feitos por uma multinacional contratada pela própria direção da Caixa. Nesta terça-feira, empregados de todo o país vão protestar contra os reajustes anunciados na semana passada


Crédito: DIVULGAÇÃO

Brasília - Mentirosa! Assim pode ser classificada a postura da Caixa Econômica Federal em relação aos reajustes no Saúde Caixa, anunciados na última quinta-feira (26). Segundo a direção do banco, estudos atuariais apontaram a insuficiência das contribuições oriundas dos benefícios em curto prazo, o que coloca em risco a qualidade da cobertura do plano. O argumento, porém, não é verdadeiro. E quem diz isso são os dados apresentados pelo próprio banco.

Segundo as projeções atuariais feitas por uma multinacional contratada pela própria Caixa, os próximos anos serão de superávit. No cenário pessimista, serão cerca de R$ 36,6 milhões neste ano e R$ 13,8 milhões em 2018. No neutro, R$ 38,9 milhões e R$ 18,2 milhões, respectivamente. E no cenário positivo, o plano será superavitário nos três próximos anos: R$ 42,2 milhões em 2017, R$ 27,1 milhões em 2018 e R$ 13,4 milhões em 2019.

“Os estudos desmontam o argumento da direção do banco de que as contribuições atuais serão insuficientes no curto prazo. Está mais do que provado que não há necessidade de reajustes nas mensalidades e na coparticipação. Segundo o acordo coletivo, aumentos devem ser negociados no Conselho de Usuários e na mesa permanente. A Caixa está descumprindo o ACT e todas as instâncias de negociação”, afirma o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.

Também de acordo com o ACT, observa Jair Ferreira, cabe aos titulares do plano arcarem com 30% das despesas assistenciais, e a Caixa com os outros 70%. Hoje, porém, os empregados da Caixa estão pagando mais de 30%. “Com os aumentos anunciados na semana passada, essa porcentagem será ainda maior. O que está ocorrendo é uma apropriação indébita dos nossos recursos. É fundamental que a categoria lute contra isso”, diz.

Ação na Justiça e Dia de Luta

A Contraf-CUT, a Fenae e sindicatos de bancários ingressaram, na sexta-feira (27), com uma ação judicial para cancelar os reajustes no Saúde Caixa. Por orientação da Confederação, será realizado, nesta terça-feira (31), um Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa. Indica-se aos sindicatos que façam atos em concentrações, preferencialmente ligada à gestão de pessoas. A Contraf também recomenda que os sindicatos entrem com ações judiciais locais.

Confira a carta que será distribuída aos empregados da Caixa.

 

Fonte: Fenae


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