Também nesta quarta, empregados do banco estão realizando um Dia Nacional de Luta contra o desmonte da empresa e o desrespeito aos trabalhadores. Entre as medidas tomadas pelo governo e pela direção da Caixa, a redução do quadro de pessoal, reestruturação de áreas, verticalização e descomissionamentos arbitrários. Mais recentemente, a informação de que 100 agências devem ser fechadas.
“Um dos mais recentes golpes à Caixa, ao seu caráter 100% público e aos direitos da categoria é a nova reestruturação, chamada de Programa Eficiência, que mira na redução de despesas em R$ 2,5 bilhões até 2019. Esse será o pano de fundo dessa reunião com mais de 6 mil gestores, no qual iremos protestar. É inadmissível debater o enfraquecimento da Caixa, ainda mais num evento pago com dinheiro público”, diz o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.
O Sindicato dos Bancários de Brasília também considera o encontro promovido pela Caixa uma afronta. O presidente da entidade, Eduardo Araújo, ressalta a contradição da reestruturação que, ao mesmo tempo em que reduz despesas com o quadro funcional, a direção do banco financia com dinheiro público um evento dessa natureza.
Dia de Luta
Neste Dia de Luta, trabalhadores e entidades representativas estão se manifestando em todo o país. Nas redes sociais, protestos estão utilizando as hashtags #CaixaRespeiteoEmprego, #DefendaACaixaVocêTambém e #NãoMeConvidaramPraEssaFestaPobre. A Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Contraf-CUT, encaminhou uma Carta Aberta à direção do banco.
“Nós, empregados da Caixa, defendemos um banco 100% público, fomentador do desenvolvimento econômico e social do país, por meio de políticas públicas. Defendemos também uma Caixa que valorize seus trabalhadores, pois são eles que constroem, todos os dias, essa empresa a serviço dos brasileiros. Para isso, no entanto, respeito deve ser a palavra de ordem”, diz um trecho do texto.