Durante o 12º Concut, em São Paulo (SP), sindicalistas de todo o país assinaram o projeto e se comprometeram a buscar mais apoio. Diretora da Fenae lembra que a mobilização de toda a sociedade brasileira é essencial para a democratização da mídia
Por acreditar que é preciso mudar essa realidade de exclusão, a Central Única dos Trabalhadores decidiu intensificar a coleta de assinaturas do Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) por um novo marco regulatório de comunicação para o país, lançado em 2013 pela Campanha Para Expressar a Liberdade. Durante o 12º Congresso Nacional da CUT (Concut), que acontece nesta semana em São Paulo (SP), sindicalistas de todo o país assinaram o PLIP e se comprometeram com o esforço de buscar mais apoio.
Durante a mesa de debate “A Defesa da Democracia e dos Direitos”, a secretária Nacional de Comunicação da entidade, Rosane Bertotti, anunciou a Semana Nacional em Defesa da Democratização da Comunicação e falou sobre o projeto de iniciativa popular. “Precisamos coletar mais de um milhão de assinaturas para mudar a história da comunicação neste país. Nesta semana, em todos os estados, estão ocorrendo atividades e ações em defesa de uma comunicação com mais diversidade e pluralidade”, anuncia.
No entendimento da CUT, como esta agenda vem sendo historicamente negligenciada pelos governos brasileiros, vários são os desafios do país para democratizar o setor, entre eles, a regulamentação dos artigos da Constituição Federal que tratam da Comunicação Social. “A comunicação é um direito de todos e todas, é um direito humano. E a liberdade de expressão é condição indispensável para a garantia da democracia. A falta de diversidade e pluralidade das informações compromete a possibilidade de se formar uma opinião crítica”, frisa Rosane.
Natascha Brayner, diretora de Comunicação e Imprensa da Fenae, que está participando do 12º Concut, lembra que a grande mídia brasileira tem sido responsável, sobretudo nos últimos anos, por disseminar preconceito, discriminação, ódio social e político. “Menos de dez grupos controlam 70% da mídia no país. É por isso que temos no jornalismo, por exemplo, cada vez menos o compromisso com o contraditório, com a pluralidade de ideias. Mas essa realidade só vai mudar com a mobilização da sociedade, que precisa acordar para esse problema”, afirma.
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