O Estado de São Paulo
Os serviços de inteligência reconhecem que infiltraram agentes em meio à militância, e que mantém vigilância nas redes sociais. E é só. A possibilidade de um confronto entre os apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os grupos opositores – ou com a polícia –, é considerada pelos militares “um evento perfeitamente controlável pelas organizações estaduais de segurança em São Paulo e no Paraná”.
No comando do Exército, o fator de preocupação é o Movimento dos Sem-Terra. De acordo com uma análise interna a que o Estado teve acesso, o MST – que ontem bloqueou estradas federais –, está presente em 25 Estados e tem defensores da opção pela luta armada no campo desde 1998. O número real de integrantes é desconhecido. O principal dirigente, o economista gaúcho João Pedro Stedile, afirma que são 23 milhões, um evidente exagero. No encontro anual de 2016, a Coordenação Nacional estimava os participantes ativos em 120 mil. Nessa conta estariam incluídas todas as famílias de agricultores assentados em terras redistribuídas por meio dos programas da reforma agrária.