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O nome do reitor Luiz Calos Cancellier de Olivo aparece oito vezes nas seis primeiras páginas do relatório fina da Polícia Federal sobre supostos desvios de verba da Universidade Federal de Santa Catarina. Mas em todo o restante do relatório não há uma prova sequer contra o reitor – que se jogou de um shopping de Florianópolis 18 dias depois de ter sido preso pela operação Ouvidos Moucos, em 2 de outubro de 2017. Cancellier aparece de maneira indireta uma vez em todas as 817 páginas do relatório, quando ali se descreve o episódio dos repasses na conta de seu filho Mikhail, três depósitos feitos pelo professor Gilberto Moritz que totalizaram R$ 7.102 reais, feitos quando Cancellier ainda não era reitor da universidade.
O filho dele foi questionado por policiais federais e disse não lembrar o motivo das transferências. Na época, ele tinha 25 anos e era ajudado financeiramente pelo pai. O delegado Nelson Napp, responsável pelo relatório final da operação, levantou uma suspeita. “Comenta-se que os recursos transferidos para Gilberto Moritz foram oriundos do projeto Especialização Gestão Organizacional e Administração em RH (TJ), coordenado por Luiz Carlos Cancellier, sendo este o ordenador de despesa do referido projeto. Após o recebimento dos recursos, Gilberto Moritz transferiu para Mikhail Vieira de Lorenzi Cancellier (filho do ex-reitor Cancellier) o valor de R$ 7.102,00.”
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