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25 de Junho de 2015 às 23:00

26/06/2015 - SEEB/Brasília denuncia desrespeito no Itaú com demissões injustificadas


Brasília - O Itaú obteve lucro líquido de R$ 5,733 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 29,74% em relação ao mesmo período de 2014. E não foi só o lucro que cresceu: a desvalorização dos trabalhadores, as demissões e a rotatividade também aumentaram. Só no Distrito Federal já foram 45 demissões, todas imotivadas.

Além dos desligamentos sem justificativa, o Sindicato dos Bancários de Brasília alerta que os bancos estão praticando demissões ilegais, de trabalhadores adoecidos pelo trabalho. O Itaú mandou embora quem estava afastado por motivo de doença adquirida no trabalho após o término do período de estabilidade.

O Sindicato alerta ainda que os bancários não devem trabalhar doentes, bem como se faz necessário que eles se resguardem perante a lei com a entrega de atestado médico ao departamento indicado em cada instituição.

Os resultados do banco mostram que não há motivos para desvalorização dos bancários. Segundo ranking da Forbes divulgado em maio, o Itaú é a 42ª maior empresa do mundo com valor de mercado estimado em US$ 63,7 bi. O banco é o melhor colocado entre as organizações brasileiras. 
 
Itaú descumpre legislação 
 
A Lei nº 8.213/91 estabelece cotas para contratação de deficientes e pessoas com deficiências nas empresas. No caso do Itaú, 5% do quadro de pessoal deve ser preenchido pela lei de cotas, já que a legislação prevê essa porcentagem para instituições a partir de 1.001 empregados.

O Sindicato tem recebido denúncias de descumprimento da lei pelo Itaú, já que deficientes também estão sendo demitidos e não há preenchimento da vaga.

No artigo 93 da Lei nº 8.213/91, há previsão clara de que não pode ficar sem preenchimento a vaga do empregado deficiente: “§ 1º A dispensa de trabalhador reabilitado ou de deficiente habilitado ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias, e a imotivada, no contrato por prazo indeterminado, só poderá ocorrer após a contratação de substituto de condição semelhante”.

“O Sindicato busca a Justiça para reverter as demissões ilegais, e também denunciou ao Ministério Público do Trabalho as irregularidades praticadas pelo Itaú. Não vamos nos calar diante dessa situação”, destaca Louraci Morais, diretora do Sindicato e membro da Comissão dos Empregados do Itaú. 
 
Assédio moral leva terror ao Itaú 
 

 

A pressão para atingimento de metas já passa dos limites no Itaú. Os bancários reclamam que gestores estão cobrando o cumprimento das metas a qualquer custo. Ligações e cobranças diárias, caracterizando assédio moral, são relatadas como rotineiras pelos bancários.

O Sindicato recebeu diversas denúncias de bancários que estão sendo assediados por gestores do Itaú que propõem todo tipo de ação para garantir que o banco continue recordista em lucro.

“Sabemos que os gestores recebem orientações da diretoria do banco, mas alertamos que devem ter cuidado com a maneira como tratam seus subordinados. Todos devem ser tratados com respeito e dignidade. Os gestores não estão imunes aos desmandos do banco. Muitos, inclusive, já são vítimas de assédio moral e pressão por cumprimento de metas abusivas”, alerta a diretora do Sindicato e membro da Comissão dos Empregados do Itaú, Louraci Morais.

 

Fonte: Thaís Rohrer - Do Seeb Brasília 


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