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6 de Fevereiro de 2025 às 11:05

Sintraf-AP paralisa atividades das agências do Itaú em protesto a precarização


O Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Amapá (Sintraf-AP), em conjunto com a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (FETEC-CUT/CN), realizam nesta quinta-feira (06) uma paralisação das atividades do Banco Itaú Unibanco durante todo o dia. O ato acontece em conjunto com outras duas grandes federações com apoio de outros sindicatos, o objetivo é denunciar à população a falta de diálogo e medidas que incentivam a precarização do trabalho dos bancários e bancárias da empresa. 

 

Em Macapá, o Sintraf-AP esteve presente nas três agências bancárias da capital e, com falas de ordem, expôs à população a tentativa de precarização do trabalho. Mesmo com temas relevantes para a categoria, o banco adicionou propostas que afetam negativamente a relação de trabalho. 

 
Banco localizado no centro da capital | Fotos: Giovane Brito
Banco localizado no centro da capital | Fotos: Giovane Brito
 

Após inúmeras mesas de negociações, entre os sindicatos, federações e o banco, não houve resultados satisfatórios. O banco encerrou as negociações sem assinar o acordo, diante desse e outros problemas denunciados pelos trabalhadores, os sindicatos foram às agências manifestar suas reivindicações e solicitar a retomada imediata das negociações.

 

A diretora de imprensa e comunicação e trabalhadora do Itaú Unibanco, Janaina Figueiredo, destacou sua insatisfação,“ o Itaú apresentou uma proposta de Acordo Coletivo que busca regulamentar temas importantes, no entanto, sabemos que é fundamental garantir que nenhum trabalhador seja prejudicado em sua jornada de trabalho. Estamos abertos ao diálogo e às negociações para construir um acordo que seja positivo para todas as partes, sempre respeitando os direitos e necessidades da nossa base”.

 
A paralização das atividades do banco personnalité | Fotos: Giovane Brito
A paralização das atividades do banco personnalité | Fotos: Giovane Brito
 

Mesmo com pautas importantes como teletrabalho, ponto eletrônico, bolsa auxílio-educação, validação de ponto e compensação de jornada, os representantes sindicais alertam para propostas que podem precarizar o exercício laboral. O banco exige assinatura de um “acordão”, que em sua estrutura apresenta cláusula prejudicial à categoria, maquiada com alguns avanços. 

 

Embora seja obrigação do banco validar as horas-extras dos trabalhadores e trabalhadoras, a empresa tenta terceirizar essa responsabilidade aos sindicatos e aos trabalhadores. Algo que, segundo os representantes sindicais, não pode e não deve acontecer. Pois os trabalhadores e os sindicatos não têm o controle diário para saber se está correto ou incorreto, trazendo dificuldades para provar as horas extras realizadas, uma vez que admitida a quitação. 

 

As entidades alertam os trabalhadores e trabalhadoras para denunciarem caso:

 
  • Faça hora extra e não recebam o pagamento adequado;

  • Recebam ordem do gestor para ir embora, compensar horas;

  • Sejam contatados por mensagens fora do horário de expediente.


    O sindicato entrega para população panfletos informativos | Fotos: Giovane Brito
    O sindicato entrega para população panfletos informativos | Fotos: Giovane Brito
 

Dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (DIEESE), pontuou que entre os anos de 2021 a 2023, registrou o fechamento de 870 agências do Itaú Unibanco no Brasil. Com as atividades finalizadas, inúmeros trabalhadores e trabalhadoras foram demitidos.  

 

O presidente do Sintraf-AP Samuel Bastos, reforça o compromisso da entidade com acordos positivos para a categoria e completa,“ os bancários do Itaú enfrentam uma realidade de desrespeito à jornada de trabalho, O Sindicato não pode e não vai validar essas irregularidades. Nosso compromisso é com os trabalhadores, garantindo que seus direitos sejam respeitados e que o banco cumpra com sua obrigação. Não aceitaremos um acordo que institucionaliza abusos e desvios na jornada de trabalho". 

 

 

Redação Sintraf/AP

 

Texto: Giovane Brito

 

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