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8 de Março de 2022 às 15:00

Mulheres voltam às ruas neste 8 de Março por respeito à vida e contra o machismo, a fome e o desemprego

Como em todo o país, nas principais cidades do Norte e do Centro-Oeste haverá manifestações no Dia Internacional da Mulher


Após dois anos de ações virtuais em razão da pandemia, o Dia Internacional da Mulher nesta terça-feira 8 de Março voltará a ser presencial, com manifestações nas ruas de pelo menos 40 cidades em todo o país (confira a lista abaixo), que terão como lema “Pela vida das mulheres, contra a fome, o desemprego e a carestia – Bolsonaro Nunca Mais!”. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, haverá atos em Brasília, Belém, Cuiabá, Campo Grande, Goiânia e Macapá, com participação das bancárias e bancários.

“O 8 de Março é um dia feito por e para mulheres. Precisamos relembrar sua grande importância histórica, pois destacou e continua colocando em voga a questão da desigualdade de gênero em um momento em que as estatísticas demonstram que a pobreza, a fome, as mortes por femínicídio, a Lgbtfobia e a necropolítica se fazem tão presentes na realidade do nosso país”, afirma Elis Regina Camelo Silva, secretária de Mulher da Fetec-CUT. ”Essas questões impactam significativamente o cotidiano feminino que se vê, cada vez mais, oprimido pelo machismo, pela misoginia e pelo patriarcado.”

Para Elis Regina, "mais do que nunca faz-se necessário relembrar o verdadeiro significado do 8 de Março. Com mulheres organizadas, demonstrando que são vanguarda da força feminina transformadora que sacode os movimentos”.

Mulheres são principais vítimas da crise e do governo Bolsonaro

Os atos deste 8M estão sendo convocados pela CUT, movimentos sociais e movimentos de mulheres de todo o país. Em manifesto, a CUT denuncia que a política neoliberal de Jair Bolsonaro e de seu ministro da Economia, Paulo Guedes, causou desemprego, fome, desmantelamento das políticas sociais. E neste cenário, as mulheres, em particular as mulheres negras, são as maiores vítimas.

“A taxa de desemprego entre as mulheres bateu recorde no ano passado chegando a 16,8%, sendo que, para as mulheres negras, essa taxa foi de 19,8%, segundo o Dieese. O número de mulheres desempregadas no nosso país já chega a 8,6 milhões. Quase 51 milhões de pessoas viveram abaixo da linha da pobreza nos últimos dois anos e mais de 10 milhões passam fome”, denuncia o manifesto da CUT.

“É por atuação do governo Bolsonaro que a crise econômica se agravou no país. A destruição de políticas de enfrentamento à pobreza aprofundou o
quadro de fome entre as famílias, em especial nas casas chefiadas por mulheres negras”, acrescenta o documento da central sindical.

E diz mais: “A violência contra as mulheres e meninas se amplia a cada dia, pois o discurso de ódio de Bolsonaro se espalha e nos faz alvo preferencial dos machistas, racistas e LGBTQIA+fóbicos. Uma mulher é assassinada a cada duas horas em nosso país, sendo 66% destas mulheres negras.”

> Leia o manifesto da CUT aqui

Bancárias têm conquistas, mas discriminação persiste nos bancos

No sistema financeiro, que até meados da década de 1960 era um território exclusivamente masculino, as mulheres obtiveram muitos avanços em décadas de luta. Hoje elas constituem praticamente a metade da categoria.

A partir de 1998, quando o movimento sindical bancário incluiu pela primeira vez na pauta de reivindicações para os bancos cláusulas para combater as discriminações contra mulheres nos locais de trabalho (e também contra negros, pessoas com deficiência e homoafetivos), as bancárias conquistaram grandes avanços.

Entre as conquistas estão a criação da mesa temática sobre igualdade de oportunidade com a Fenaban, os Mapas da Diversidade de 2008 e 2014, o auxílio-maternidade de 180 dias e a publicação de várias cartilhas de combate aos preconceitos, entre elas “Prevenção e combate ao assédio sexual” e “Relações compartilhadas”. Na campanha de 2019, conquistaram a inclusão na Convenção Coletiva de uma cláusula de prevenção à violência contra a mulher.

A despeito dos avanços, as discriminações persistem. Segundo dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) do Ministério da Economia de 2019 – o último disponível -, as mulheres recebem 77,2% dos salários dos homens brancos no sistema financeiro, apesar de elas terem escolaridade superior a eles. As bancárias negras têm salários ainda inferiores: 62,8% da remuneração dos bancários brancos.

Fetec-CUT/CN promove curso ‘O feminismo é para todo mundo’

Para qualificar os e as dirigentes sindicais na discussão sobre essas discriminações, a Fetec-CUT/CN promoverá entre 17 de março e 21 de julho, por intermédio de uma ação conjunta das secretarias da Mulher e de Formação Sindical, o curso “O feminismo é para todo mundo”, que será baseado no livro homônimo da professora, teórica feminista, artista e ativista antirracista norte-americana bell hooks, morta em dezembro de 2021.

Saiba mais aqui sobre o curso, que será quinzenal, das 19h às 21h, e terá como facilitadora Deise Recoaro, doutoranda em Relações de Trabalho, Desigualdade Social e Sindicalismo, feminista e diretora da Contraf-CUT.

“O objetivo do curso é propiciar tanto o debate das relações de trabalho, a abrangência da consciência feminista no movimento sindical, como também desmistificar as noções de feminismo ensinadas e propagadas pelo patriarcado capitalista”, explica Elis Regina.

Confira onde os atos serão realizados neste 8 de Março

Região Centro-Oeste

Distrito Federal

Brasília: concentração no Museu da República, às 17h e  marcha às 18h30 até o Congresso Nacional (Alameda das Bandeiras).

Goiás

Goiânia:  ato unificado às 9h na Catedral com encerramento na Praça do Trabalhador

Mato Grosso

Cuiabá: Concentração na Praça Rachid Jaudy, às 8h. A Fetems também vai promover o Seminário do Dia Internacional da Mulher da FETEMS - Empodere a mulher que há em você! Seja uma mulher de luta! Das 8h às 17h e a noite cultural da mulher a partir das 19h.

Mato Grosso do Sul

Campo Grande: concentração na Avenida Afonso Pena com a 14 de Julho, a partir das 8h


Região Norte

Amapá

Macapá:  o Sindicato dos Servidores Públicos do Amapá (Sinsepeap) vai promover dois atos: o primeiro no dia 7 de março, que é a Vigília pela vida das Mulheres na Praça das Bandeias, e o segundo, no dia 8 de março, às 8h, em defesa do/a servidor/a público/a, em frente ao Palácio do Setentrião.

Pará

Belém: a partir das 17h, na Praça da República


 Região Nordeste

Alagoas

Maceió: ato Público no Centro da cidade com panfletagem, panelaço; batucadas, faixas, cartazes e alegorias. Concentração será às 8h na Praça dos Martírios de onde elas sairão em caminhada em direção à Praça Deodoro.

Bahia

Salvador: a concentração acontece às 14h, na Praça do Campo Grande e a caminhada tem início às 15h, indo até a Praça da Piedade. Também está prevista a distribuição de marmitas em frente a Câmara municipal de Salvador (horário a definir), simbolizando a fome.

Ceará

Fortaleza: tem feira feminista às 13h, debate às 14h, cortejo às 15h e ato político e cultural às 16h. A manifestação será finalizada com ato político cultural na praça do Ferreira e homenagem à Elza Soares.

Antes, no início do dia, o Sindiute promove ato pelas mulheres às 8h, no Paço Municipal com o tema “Dia de luta por todas as pautas comuns das mulheres, por concurso público e carteira assinada para as professoras substitutas”

Maranhão

São Luís: concentração a partir das 15h na Praça Deodoro. Também na capital maranhense será realizada a palestra “Democracia e protagonismo feminino”, com a historiadora Cláudia Garcez às 9h, no auditório do Sindipemma (Rua Direita, 128, Centro).

Paraíba

João Pessoa: caminhada a partir das 7h com concentração na Praça Edivaldo e encerramento na Praça Getúlio Vargas

Pernambuco

Recife: ato "Pela vida de todas as mulheres: abaixo o bolsonarismo" às 15h no Parque 13 de Maio

Piauí

Teresina: Dia de Luta em defesa da Vida de Todas as Mulheres às 9h na Praça Rio Branco.

Rio Grande do Norte

Natal: concentração para o ato acontece às 14h30, na Praça Gentil Ferreira

Mossoró: pela manhã, haverá feira de rua no Centro Feminista 8 de março (CF8), com comercialização de produtos das mulheres da economia solidária, “Alô Frida”, música ao vivo, batucada feminista, poesia e intervenções políticas. À tarde, acontece o ato unificado, às 16h, na Praça da PAX

Sergipe

Aracaju: ato na Reserva da Mangaba às 9h


 Região Sudeste

Espírito Santo

Vitória: Dia De Luta das Mulheres, às 14h30 na Praça Costa Pereira.

Minas Gerais

Belo Horizonte: concentração na Praça da Liberdade, às 16h30

Juiz de Fora: manifestação na Praça da Estação, às 17h

Divinópolis: ato às 15h30, no quarteirão fechado da rua São Paulo

Uberlândia: na Praça Ismene, às16h30

Rio de Janeiro

Rio de Janeiro: concentração na Candelária, às 16h, e saída às 18h à Cinelândia

São Paulo

São Paulo: ato no Masp, às 16h. Antes acontece a concentração das mulheres da CUT, às 14h, no Espaço Lélia Abramo, na Rua Carlos Sampaio, próximo ao Metrô-Brigadeiro

Campinas: concentração no Largo do Rosário, a partir das 16h

Ubatuba: ato de esquenta, no sábado (5), a partir das 11h, com concentração no calçadão, ao lado das Casas Bahia


 Região Sul

Paraná

Curitiba: concentração a partir das 18h30, na Praça Santos Andrade. A manifestação passa a caminhar às 18h30

Londrina: Concentração às 17h30, no Calçadão

Apucarana: a partir das 15 horas haverá a Feira empreendedora com atrações culturais na Praça Rui Barbosa e às 18h a Marcha das Mulheres

Assis Chateaubriand: café da manhã e roda de conversa com as mulheres catadoras de material reciclável, às 7h30. E uma roda de conversa na casa da APP-Sindicato de Assis Chateaubriand com as professoras e funcionárias de escola da ativa e aposentadas, às 10h

Foz do Iguaçu: concentração a partir das 17h, em frente ao Bosque Guarani (TTU). Às 18h acontece a saída em marcha que vai até a Praça da Paz

Guarapuava: a partir das 17h, no terminal da fonte

Ponta Grossa: ato no dia 6 de março, às 15h30, na Praça Barão de Guaraúna

Toledo: ato no dia 6 de março, a partir das 17h30, no Parque Ecológico Diva Paim Barth

Maringá: acontece a IV Caminhada/Pedalada pelo fim da violência contra a mulher, no dia 12 de março, às 9h, na Praça da Catedral

Santa Catarina

Florianópolis: marcha, com concentração às 12h no Ticen.

Chapecó: Mobilização na Praça Central, das 9h às 13h, com atividades culturais, música e ato político

Joinville: Ato na Praça da Bandeira, às 18h

Lages: Atividades das 9h às 17h, na Associação de Moradores e Amigos do Bairro Popular, com feirinha, distribuição de materiais educativos, ponto de arrecadação de absorventes, rodas de conversa, palestras e atividades culturais.

Rio do Sul: Panfletagem com material da CUT sobre a pauta do dia das mulheres, de manhã e à tarde, e panfletagem virtual com material da CONFETAM.

São Miguel do Oeste: Ato na Praça Municipal Walnir Bottaro Daniel, às 9h.

Rio Grande do Sul

Porto Alegre - debates a partir das 12h na tenda Elza Soares, no Largo Glênio Peres, e ato com caminhada às 18h na Esquina Democrática.

Caxias do Sul - concentração às 18h, na Praça Dante Alighieri.

Rio Grande - ato, às 16h, no Largo Dr. Pio

Santa Maria - ato, às 17h, na Praça Saldanha Marinho.

São Leopoldo - ato e caminhada às 17h na Praça do Imigrante.

 

Fonte: Fetec-CUT/CN


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