Em mais uma reunião com o BRB, na terça-feira (12), o Sindicato expressou fortes críticas à proposta do banco para o Programa de Superendividados.

Houve divergências significativas entre os representantes dos trabalhadores e a instituição em relação ao programa. A proposta foi duramente condenada pelo Sindicato, que destacou vários pontos de desacordo:

• Taxa de juros: O Sindicato acusou o banco de explorar os funcionários, com uma taxa de juros que considera exorbitante, pois ainda gera lucro às custas dos superendividados.
• Comprometimento de renda: A proposta prevê um comprometimento de 50% da renda bruta, o que o Sindicato considera inadequado, pois desconsidera trabalhadores com 40% da renda comprometida.
• Prazo de pagamento: O Sindicato argumentou que o prazo proposto é excessivamente longo, resultando em um aumento exponencial dos juros, sem uma redução significativa no valor das prestações.
• Liquidação de dívidas: O banco rejeitou a proposta do Sindicato de abater juros e mora para a liquidação das dívidas.
• Descomissionamento: O Sindicato sugeriu que, em casos de descomissionamento, o banco deveria ajustar as parcelas e o comprometimento de acordo com a nova realidade financeira do empregado, proposta que também não foi aceita.

Essa postura da atual administração não só demonstra uma flagrante falta de valorização dos trabalhadores que realmente geram lucro para a instituição, como também evidencia uma oportunidade desperdiçada de implementar mudanças positivas conforme negociado no acordo coletivo.

Diante de tantas premissas importantes ignoradas, a representação dos trabalhadores não pode validar um programa que claramente não atende às necessidades dos superendividados e os trata com desdém, priorizando o lucro acima do bem-estar deles.

Da Redação