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15 de Outubro de 2020 às 19:56

Sindicato fecha agência do Bradesco em protesto contra as demissões no banco


Nesta quinta-feira, dia 15, o Sindicato dos Bancários de Campo Grande - MS e Região participa do Dia Nacional de Luta contra as demissões nos bancos privados. Em protesto, o sindicato mantém a agência que é a regional do Bradesco em Mato Grosso do Sul, que fica na esquina das ruas Marechal Rondon e 13 de maio, fechada durante todo o dia e busca chamar a atenção sobre o descaso do banco com os bancários e sociedade em geral. 

O Bradesco já fechou cinco agências na capital desde agosto. Nos meses de setembro e outubro, foram quase 30 demissões só em Campo Grande. Conforme a presidente do sindicato, Neide Rodrigues, o Bradesco poderia ter remanejado os bancários para outras unidades da capital e do interior do Estado.  

“Tem agência que está com falta de funcionário, até por causa do home office em razão da pandemia. Então, o banco poderia ter aumentando o número de bancários em outras unidades para evitar as filas, as reclamações dos clientes. É um descaso com a população, o banco preferiu fazer cortes!”, afirma Neide Rodrigues.

 

Segundo a presidente do SEEBCG-MS, no início da pandemia do coronavírus, o receio do movimento sindical era de que os bancos se aproveitassem da crise sanitária para fechar agências e demitir trabalhadores e, por isso, foi feito um acordo para barrar essa prática.

"Foi acordado que os bancos iriam colaborar com a atual situação do país e não demitiriam. Mas, só nos últimos meses, o Bradesco demitiu mais de mil funcionários em todo o Brasil e isso gera um caos. Desemprego já está alto e as agências já operam com poucos funcionários, isso afeta diretamente a população que acaba tendo um atendimento precarizado. O sistema financeiro não para de lucrar, só o Bradesco lucrou mais de R$ 7 bilhões no primeiro semestre deste ano, não tem justificativa para demitir", comenta. 

Durante a mobilização, os dirigentes sindicais entregaram um panfleto sobre os impactos das demissões e, mais tarde, atores encenaram uma peça teatral contando a precarização do serviço bancário.

“Hoje já recebemos a informação de que mais três bancários foram demitidos no estado, as demissões estão ocorrendo por telefone e até o fim do dia pode haver mais desligamentos. Isso é um absurdo e um desrespeito enorme com os trabalhadores durante essa crise. Estamos reivindicando pela reintegração e vamos enviar um ofício para o Ministério Público para tentar frear as demissões ”, pontua Neide.

O ato contou ainda com o apoio e participação do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região. Para o presidente do SEEB-Dourados, Carlos Longo, é importante que o movimento sindical e os trabalhadores se unam para barrar as demissões em massa.

 

“Hoje estamos fazendo um Dia de Luta em todo o país e Dourados não poderia ficar de fora dessa atividade. A estratégia de hoje foi fechar as regionais em todo o país e, em Mato Grosso do Sul, nossa regional está em Campo Grande, então Dourados se fez presente. Precisamos denunciar que demitindo os funcionários, os clientes e a população em geral também serão afetados. Sem contar o descaso com os pais e mães de família que ficam desassistidos nesse momento de crise”, ressalta Carlos.

Denuncie

A presidente do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues, reforça que os bancários demitidos procurem o sindicato para que seja feita a análise dos casos, individualmente.

“Até o momento o Bradesco não quis reintegrar e, por isso, o sindicato está analisando a situação de cada um dos trabalhadores. Reforçamos a necessidade dos bancários demitidos procurarem o jurídico do sindicato para que possamos  tentar a reintegração”, finaliza a presidente.

Para entrar em contato com o sindicato, o bancário poderá enviar a solicitação diretamente pelo e-mail secgeral@sindicario.com.br ou para algum dirigente sindical.

Por: Daiana Porto/Assessoria de Comunicação do SEEBCG-MS
Fotos: Reginaldo de Oliveira/Martins e Santos Comunicação


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