Mesmo ferindo estabilidades garantidas em legislação e convenção coletiva/ACT como, por exemplo, a demissão de bancárias gestantes, os bancos Bradesco, Itaú e Santander vem, sistematicamente, demitindo trabalhadores e trabalhadoras neste momento de descontrole da pandemia do novo coronavírus no Brasil.
A pandemia não acabou, mas o Santander demitiu mais de mil bancárixs em 2020. Outras 400 demissões foram feitas pelo Itaú e o Bradesco se nega a cancelar as cerca de 430 demissões realizadas até o momento. O Banco Mercantil do Brasil demitiu 18 bancárixs somente em setembro.
Muitas destas demissões são feitas através de ligações telefônicas e outras atingem a totalidade de departamentos, com a clara finalidade de terceirização das atividades.
Após o debate realizado pelas Comissões de Empresas destes bancos, foi instituído o Dia Nacional de Luta, que tem como mote a “Defesa do Emprego e Contra as Demissões”.
Demissões do Bradesco na base de Dourados e Campo Grande
Na base de Dourados, na maior das covardias o Bradesco está demitindo até por telefone. Foi o caso de um bancário em Dourados que, prestes a se aposentar e afastado por ser do grupo de risco e depois de mais de 32 anos de trabalho dedicados ao banco, recebeu a ligação do gerente nesta terça-feira (13) comunicando o seu desligamento.
O mesmo procedimento praticado contra uma bancária também da cidade de Dourados, demitida covardemente por telefone nesta quarta-feira (14) depois de mais de 33 anos de trabalhos prestados ao Bradesco.Em Maracaju a mesma covardia com uma bancária dispensada também por telefone depois de mais de 29 anos de trabalhos prestados ao Bradesco, essa inclusive já na pré-aposentadoria.
Em Campo Grande foram ao menos 19 demissões, com fechamento de 05 agências desde o mês de agosto, deixando pais e mães de famílias desempregados e clientes e usuários com menos opções de atendimento.
A perversidade dos bancos
Os bancos investiram cerca de R$1 bilhão em publicidade no primeiro semestre e já demitiram mais de mil trabalhadores durante a pandemia. O Bradesco, Itaú, Santander e o Mercantil do Brasil estão demitindo sem justa causa, inclusive trabalhadores com histórico de adoecimento, do grupo de risco e também na pré-aposentadoria.
Nas propagandas milionárias em horário nobre das TVs e nas redes sociais posam de bonzinhos e se vendem preocupados com a pandemia, na vida real praticam todo o tipo de perversidade com pais e mães de famílias que dedicaram uma vida de trabalho árduo, cumprindo metas absurdas e abusivas para garantir lucros extraordinários a essas instituições e agora, sem dó nem piedade, são dispensados sem o mínimo de respeito, dignidade e consideração.
Manifestações também nas redes sociais
Além dos atos, manifestações e protestos presenciais, ocupar as redes sociais é outra maneira eficaz de atingirmos nosso objetivo neste dia de luta: pressão nos bancos, fazer com que clientes e funcionários saibam que postura os bancos estão tendo nestes tempos de pandemia.
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