A população de Tucuruí, nordeste paraense, e região; está há dois dias sem atendimento na única agência do Banpará na cidade. O motivo? Seis bancários e bancárias testaram positivo para a Covid-19 na última quarta-feira (23).
“As agências bancárias são locais de contaminação de risco médio, segundo pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais; além disso, por questões de segurança, não é permitida a abertura de janelas para uma melhor circulação, ou seja, os colegas se expõem diariamente à infecção ou reinfecção e de ainda levar o vírus para dentro de casa; e infelizmente o que era previsto, aconteceu; o que corrobora ainda mais o pedido que estamos fazendo desde o início do ano de inclusão da categoria como prioridade na vacina”, destaca a presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira.
Além do ‘Renda Pará’, auxílio emergencial do Governo do Pará, coube ao funcionalismo do banco, o pagamento do benefício municipal. “A demanda aumentou consideravelmente, pois essa é a única agência mais próxima de outros municípios da região. O primeiro a apresentar os sintomas foi um vigilante. Nós já entramos em contato com os bancários e bancárias adoecidos e todos apresentam sintomas leves e estão se recuperando em casa, conforme protocolado fechado com o banco em situações como essa”, explica a vice-presidenta do Sindicato e bancária do Banpará, Vera Paoloni.
Ainda segundo o Acordo Emergencial do Banpará, a unidade deve passar por um processo de higienização, com produtos de limpeza indicados pelas autoridades de saúde como eficientes para a eliminação do vírus. A unidade irá reabrir na próxima segunda-feira (28) com outra equipe de trabalho, uma vez que o período de afastamento é de 14 dias, contados do último dia de trabalho. Caso o médico especifique prazo inferior, prevalecerá este ultimo, por ser esta determinação de caráter técnico/ clínico.
No início do mês, os dirigentes sindicais Érica Fabíola, Márcio Saldanha, Wellington Araújo e Suzana Gaia estiveram reunidos com o secretário municipal de saúde, Charles Cezar Tocantins, para ratificar pessoalmente, o pedido que já tinha sido feito em janeiro, da inclusão da categoria bancária como prioridade no plano de vacinação da cidade, que
O encontro ocorreu durante Caravana Bancária na região nordeste.
“Na época, o secretário demonstrou-se sensibilizado pela situação e se comprometeu em levar o assunto à Comissão Intergestores Bipartite do Estado do Pará para ser debatido. Ele disse que iria apresentar nossa demanda com a defesa da utilização da ‘xepa’ da vacina, que são as doses que têm sobrado no final do dia. Se a comissão aprovar uma resolução que indique que permita aos municípios a utilização das sobras das vacinas para outros grupos prioritários a serem incluídos nos planos municipais de vacinação, abrirá as portas para a inclusão da nossa categoria, como prioridade na vacina, em todo estado”, lembra Wellington Araújo.
Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei (PL) 1011/2020, que trata da inclusão de categorias profissionais essenciais no Plano Nacional de Imunização (PNI) para a vacinação contra a Covid-19. O PL foi aprovado com a emenda de redação que incluiu a categoria bancária no PNI, vai para votação no Senado e, em caso de aprovação, vai para a aprovação do presidente.
A taxa de contaminação na categoria é maior que a média estadual. Enquanto no Pará, a taxa de contaminação oficial é de 5,82%, entre a categoria bancária, de acordo com os dados obtidos junto aos bancos, a mesma taxa é muito superior à média estadual, chegando a 28,68% em um banco privado e 25,27% em uma instituição pública.
Até dia 20 de maio, o Pará possuía 506.810 casos confirmados de Covid-19 e uma população de 8.702.353 habitantes em todo o estado. Com base nesses números, a taxa de contaminação oficial no Pará é de 5,82%. Já entre a categoria bancária, de acordo com os dados obtidos junto aos bancos, a mesma taxa é muito superior à média estadual, chegando a 28,68% em um banco privado e 25,27% em uma instituição pública.
Fonte: Bancários PA com UFMG