O plano de realocação de pessoal da Matriz foi lançado na quinta-feira (30), sem qualquer diálogo com as representações dos empregados e faltando poucos dias para o encerramento do prazo para adesão ao Programa de Demissão Voluntária (PDV), previsto para sexta-feira (7). Na avaliação das entidades representativas dos trabalhadores da Caixa, o programa de realocação foi elaborado sem considerar os impactos que trará nas áreas envolvidas.
“O que tem ocorrido nos últimos anos é um encolhimento cada vez maior do banco. O número de empregados caiu de 101 mil (2014) para 84 mil (2018). Diminuiu o número de trabalhadores, a direção do banco anuncia que vai vender ativos e outras áreas rentáveis do banco, e não vai demorar muito para fechar agências. Não podemos admitir que continue esse ataque a uma empresa que tem mais de 150 anos de história, que sempre contribuiu para o desenvolvimento econômico e social do país. É um desrespeito com a sociedade e com seus trabalhadores”, enfatizou Jair Pedro Ferreira.
A representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano, também criticou a medida. “Com esse novo PDV, teremos em torno de 20 mil pessoas a menos. Não adianta desvestir um santo para vestir outro. Essas estratégias paliativas poderão simplesmente servir de justificativa para ampliar terceirização e fechamento de agências”, explica. Para ela, a solução está na contratação adequada, no investimento em tecnologia e em otimização de processos, e na valorização da função pública da Caixa.