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10 de Maio de 2016 às 06:11

'Temos de salvar a democracia. Não estamos brincando', diz Maranhão

Para interino, decisão – que Cunha não tomou antes de sair – busca "corrigir vícios que podem ser insanáveis no futuro". Flávio Dino responde a Renan: "Brincadeira é fingir ser sério impeachment sem crime"


Crédito: Câmara dos Deputados
Cunha não respondeu a ação da AGU antes de sair do cargo

por Redação RBA

São Paulo – O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), reagiu no final da tarde de ontem (9) a declarações de seu colega do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e disse "não estar brincando" com sua decisão, anunciada pela manhã, de anular a sessão da Câmara que deu continuidade ao processo de impeachment. "Tenho consciência do quanto esse momento é delicado, momento em que temos de salvar a democracia pelo debate. Não estamos, nem estaremos em momento algum, brincando de fazer democracia", afirmou.

Segundo ele, sua decisão foi tomada com base na Constituição e no regimento da Câmara, "para que nós possamos corrigir em tempo vícios que certamente poderão ser insanáveis no futuro".

Pelo Twitter, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), também reagiu contra o  presidente do Senado. "No meu dicionário, direito de defesa e devido processo legal são assuntos sérios. Brincadeira é fingir ser sério um 'impeachment' sem crime", afirmou. "Todo mundo sabe que invenção de 'pedaladas fiscais' e meia dúzia de decretos orçamentários são mero pretexto para um vergonhoso golpe. Diante de um golpe 'inevitável', há quem prefira participar ou ser cúmplice. E há quem tenha coragem. Parabéns aos que lutam."

Em nota divulgada hoje, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, admite não ter formalizado – antes de perder o mandato por determinação do STF – sua decisão sobre o pedido da Advocacia-Geral da União de anulação da votação. Recurso da AGU foi a base da decisão de Maranhão.


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