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24 de Fevereiro de 2016 às 06:00

“Sociedade tem que se mobilizar contra avanço do liberalismo econômico”, alertou Requião

Durante a reunião do Comando Nacional dos Bancários 2016, nesta terça-feira (23), o senador Roberto Requião fez uma análise de conjuntura nacional


Crédito: Jailton Garcia / Contraf-CUT
Requião fala para os bancários as pautas que ameaçam os trabalhadores no Congresso Nacional

É fundamental derrotar as teses do liberalismo econômico que querem fragilizar o estado e ameaçam os direitos dos trabalhadores, como as mudanças na partilha do pré-sal e o Estatuto das Estatais do PLS 555. Para isso, é preciso intensificar a pressão no Congresso Nacional e mobilizar os trabalhadores. “O liberalismo econômico não tem limite. Nosso governo não é liberalista, é um governo acuado”, alertou o senador Roberto Requião (PMDB-Paraná) durante debate sobre a conjuntura nacional, na reunião do Comando Nacional dos Bancários 2016, que aconteceu nesta terça-feira (23) na sede da Contraf-CUT.

O senador relatou que um grupo – formado pelos representantes dos trabalhadores de estatais e os senadores Requião, Gleisi Hoffmann (PT-PR), Walter Pinheiro (PT-BA) e Humberto Costa (PT-PE) –elaborou um substitutivo ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 555 e conseguiram segurar o projeto até agora. “Uma empresa pública se destina ao serviço público e não tem nada a ver com o lucro dos seus acionistas. Isso tudo não tem nenhum cabimento. É um aglomerado de barbaridades o que levaria rapidamente a privatização da Caixa”, completou.

Requião também mostrou grande preocupação com o projeto do senador José Serra (PSDB-SP), que libera a Petrobras da função de operadora única do pré-sal (PLS 131/2015): “Se entregarem o pré-sal a Petrobras está falida”, alertou.

Em nome do que o senador chama de capital especulativo, Requião acrescentou que "A Petrobras tem condições de bancar o pré-sal e operar os 30% com seu equipamento, sem nenhum problema." Pela lei atual, a empresa deve ser a operadora única dos campos do pré-sal, com participação de pelo menos 30% na exploração.

“É neste cenário que o Comando Nacional prepara a Campanha dos Bancários de 2016. Uma cena difícil. Iremos convocar nossos sindicatos e federações para avançarmos ainda mais na missão em defender nossos direitos. Ao mesmo tempo vamos lutar em defesa da democracia e contra o retrocesso neoliberal. Temos certeza que vamos vencer com a nossa histórica unidade e a nossa capacidade de mobilização, e ainda iremos manter acesa a chama da esperança entre os bancários e bancárias de todo o país”, ressaltou o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten.

Fonte: Contraf-CUT


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