O presidente do Sindicato, Kleytton Morais, e a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) irão ingressar, nesta quarta-feira (27), às 14h, com representação contra o ministro da Economia, Paulo Guedes, por agressões contra o Banco do Brasil, feitas durante reunião ministerial do dia 22 de abril. O documento será protocolado na Comissão de Ética Pública da Presidência da República e na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Em seguida, o presidente do Sindicato fará uma live na página da entidade no Facebook trazendo mais informações à categoria sobre a iniciativa.
Durante a reunião ministerial do dia 22 de abril, Paulo Guedes se referiu ao maior banco do País com vocabulário impróprio: “o Senhor já notou que o BNDES e a Caixa que são nossos, públicos, a gente faz o que a gente quer. Banco do Brasil a gente não consegue fazer nada e tem um liberal lá. Então tem que vender essa p…. logo”, disse o ministro ao se dirigir ao presidente Jair Bolsonaro.
Erika e o Sindicato pedem que seja instaurado procedimento para apurar conduta atentatória contra a Constituição Federal e as normas de ética da Administração Pública Federal, impondo ao ministro as sanções legais cabíveis.
Demais ações
Além da representação, a parlamentar defende a aprovação de uma moção de repúdio do Plenário da Câmara contra o ministro por declarações ofensivas ao Banco do Brasil e outras instituições públicas. O requerimento protocolado (Req 1267/2020) também tem como autores os deputados Marcon – PT/RS, Paulo Teixeira – PT/SP, Jorge Solla – PT/BA, Professora Rosa Neide – PT/MT, Camilo Capiberibe – PSB/AP, Frei Anastacio Ribeiro – PT/PB, Benedita da Silva – PT/RJ.
Já no Requerimento 1268/2020, Erika e outros sete parlamentares pedem que Paulo Guedes preste esclarecimentos aos deputados federais sobre tais declarações. O ataque de Guedes afeta o BB, as instituições públicas e os trabalhadores.
Em abril, uma emenda aditiva à medida que cria o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda foi apresentada pelo mandato da deputada federal. A inclusão proposta ao texto da Medida Provisória 936, apresentada à Câmara dos Deputados, foi sugerida pela diretoria do Sindicato para garantir a ultratividade dos acordos e convenções coletivas de trabalho até um ano depois da crise de saúde causada pelo novo coronavírus.
A parlamentar também apresentou o Projeto de Lei 1.718/2020, em 8 de abril, para garantir que acordos e convenções, negociadas entre as entidades sindicais de trabalhadores e patronais, tenham validade de “até um ano após período de calamidade ou situação de emergência de importância nacional ou internacional”.
Há, também, a proposição de uma audiência pública que evidencie o papel importante dos bancos públicos no combate à Covid-19, frisando a relevância da atuação dos seus funcionários para atender às demandas do povo brasileiro.
Da Redação com informações do gabinete da deputada Erika Kokay