Um participante do evento foi detido, assim como o músico, articulador do Fora do Eixo no Amapá e produtor cultural, Otto Ramos. Ambos foram conduzidos ao Centro Integrado de Operações e Segurança Pública (Ciosp) e permaneceram detidos em celas, seminus, por mais de uma hora, até a chegada do delegado para colher os depoimentos.
O coletivo afirma que denúncias contra os envolvidos pela invasão e agressões serão formalizadas "dentro dos marcos da lei".
"Passadas as horas de terror, seguiremos firmes com nossas atividades culturais no Amapá: realizaremos o projeto Zanketeiros do Trem, com o Fineias Nelutty, continuaremos produzindo material audiovisual sobre a Cultura Indígena do Amapá – Palikur e Galibi Marworno, vamos manter o Domingo na Casa, vamos realizar o Grito Rock 2017 e vamos fazer mais uma grande edição do Festival Quebramar", garantem os ativistas.
A nota diz ainda: "A onda conservadora que assola o Brasil e o mundo autoriza a violência e normaliza casos como esses, em que a Polícia se sente no direito de invadir um espaço de resistência e atacar pessoas sem se preocupar com as consequências (...) Continuaremos na luta contra o autoritarismo, o abuso de poder e a força das armas. O Fora do Eixo e a Mídia Ninja reforçam seus valores pacíficos, a importância das ações culturais e engrossa o coro pela desmilitarização da polícia brasileira, uma das que mais mata e morre no mundo. Não vão nos intimidar".