As manifestações foram marcadas pela distribuição de cartas abertas para os empregados e para a população, ao mesmo tempo que foram colhidas adesões ao abaixo-assinado em defesa de mais contratações e da Caixa 100% pública.
Os protestos e paralisações atingiram unidades da Caixa por todo o país, especialmente nas capitais. Em Brasília, o ato para os trabalhadores lotados nos prédios administrados ocorreu ao som de violinos, clarinete e flauta transversal. Foi promovido ainda um café da manhã para os empregados em frente ao edifício Matriz I, no Setor Bancário Sul (Distrito Federal), quando os trabalhadores tiraram dúvidas sobre o novo Plano de Demissão Voluntária (PDV) e demais problemas que causam apreensão ao quadro funcional da empresa.
Houve atos em superintendências, agências e centros administrativos em São Paulo e no Rio de Janeiro. Os bancários paulistas, por exemplo, cantaram um Parabéns a Você, em meio a balões e um simulacro de bolo feito de isopor. Ações semelhantes foram adotadas em Belo Horizonte, Natal, Recife, Salvador, Curitiba, São Luís, Fortaleza, João Pessoa, Maceió, Porto Alegre, Cuiabá, Belém e inúmeras outras cidades Brasil afora. Em diversas bases sindicais, os empregados vestiram preto em sinal de protesto contra a intransigência e a falta de transparência por parte do atual governo brasileiro.
"Os bancários da Caixa estão de parabéns pela mobilização desta quinta-feira. Mostramos nossa força contra a ofensiva de desmonte da empresa e de outros bancos públicos federais, reforçando a luta por mais contratações e pela manutenção da Caixa 100% público”, afirma Jair Pedro Ferreira, presidente da Fenae.
Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) nas negociações da mesa permanente com a empresa, lembra que a defesa das condições do trabalho e a valorização do empregado fazem parte da luta permanente das entidades representativas. “Neste ano de 2017, a comemoração dos 156 anos da Caixa foi marcada pela luta em defesa do banco 100% público e pelo fim do descomissionamento arbitrário e do caixa minuto”, admite.
Convocado pela CEE/Caixa, em reunião ocorrida no fim do ano passado, em Brasília, o Dia Nacional de Luta segue a estratégia das representações sindicais e associativas de marcar 2017 como o ano contra o desmonte e o sucateamento da empresa e em defesa da Caixa 100% pública e por mais contratações.