A Contraf-CUT participou do evento realizado nesta sexta-feira (1º), em São Paulo, onde a diretoria da Previ apresentou os resultados dos Planos 1 e Previ Futuro. Centenas de funcionários da ativa e aposentados compareceram à reunião e puderam tirar dúvidas sobre o desempenho dos planos e investimentos realizados. Representantes da Contraf-CUT, da Fetec-CUT/SP e sindicatos também participaram do evento.
A Contraf recomenda aos sindicatos e bancários o acompanhamento do desempenho da entidade fechada de previdência complementar. O Plano 1 dos funcionários contratados até 1998, que é um plano de benefício definido, apresentou déficit de R$ 13,9 bilhões em 2015 e é necessário elaborar, em 2016, o equacionamento que será implantado a partir de 2017. A proposta deve prever recomposição da diferença entre o déficit e o limite de tolerância previsto pela Previc, o que dá R$ 2,9 bilhões a serem recompostos em 18 anos, com contribuições proporcionais do patrocinador Banco do Brasil e dos associados.
Segundo o secretário de formação da Contraf-CUT, Ernesto Izumi, o déficit preocupa os funcionários e a confederação e sindicatos vieram à reunião buscar mais informações. “Segundo a Previ, o déficit é conjuntural, pois reflete o menor crescimento da economia chinesa, a baixa no preço de commodities e a crise da bolsa mundial e Bovespa. Vamos continuar a acompanhar o desempenho do plano, cobrar que o banco cumpra sua parte, negocie com os funcionários e reduza o impacto na vida dos associados ao mínimo. Não está descartada a possibilidade dos preços das ações e da bolsa melhorarem até o final de 2016 e, dependendo do resultado, o plano de equalização deve ser revisto ou ser até desnecessário”, afirmou.
A Previ Futuro também apresentou resultado negativo de R$ 57,4 milhões, que foi coberto pelo Fundo de Gestão de Risco. Isso não quer dizer que houve prejuízo, pois o desempenho depende do mercado de ações, da própria economia e rentabilidade pode voltar a subir.
Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa da Contraf-CUT recomenda cautela aos associados, evitando mudar de perfil sem uma avaliação criteriosa. “Mudar de um perfil agressivo para conservador, nesse momento significa realizar prejuízo, pois implicaria em reduzir o investimento em renda variável em um momento desfavorável. É preferível analisar o melhor momento, inclusive buscando informações na Previ”, analisou.
Na ocasião, os representantes da Previ também informaram que a reivindicação da Comissão de Empresa para que haja um teto de benefício no Plano 1 pode ser resolvido ainda neste semestre. “Estabelecer o teto é uma cobrança antiga para garantir que não haja pagamento de valores elevados sem que tenha havido contribuição adequada e ainda, para evitar que aumentos na remuneração dos altos salários do banco afetem o plano indiretamente” diz Wagner.
Os funcionários que ainda tiverem dúvida sobre o resultado podem consultar o site da Previ www.previ.com.br.Nele o associado pode ver as apresentações, entrevistas, tirar dúvidas e ainda escrever para solicitar mais informações.