São Paulo - Para banco não tem crise. Mais que isso, diante dos lucros estrondosos que acumulam ano a ano no país, as instituições financeiras devem muito à sociedade brasileira. Chegou a hora de retribuir o tanto que ganham com a prestação de serviços, as altas taxas de juros, a bancarização elevada.
Uma maneira de fazer isso é contratando mais bancários, tanto para melhorar o atendimento à população como as condições de trabalho, reduzindo assim o alto grau de adoecimento que penaliza a categoria. Ao contrário, os bancos vêm extinguindo milhares de postos de trabalho no país, mesmo vendo seus resultados cada vez mais elevados.
Além disso, a federação dos bancos (Fenaban) tem plenas condições de apresentar, na rodada de negociação marcada para sexta-feira 25, proposta que resolva a mesa, com aumento real para os salários, valorização da PLR, do piso e dos vales.
“Se há um setor na economia nacional com condição para isso é o financeiro”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários que negocia com a Fenaban. “Para os bancos, não há crise. É diferente de outros setores que sofrem com juros e dólar altos, com inadimplência. Seja qual for o indicador utilizado, as instituições financeiras estão ganhando muito no Brasil e isso não é de hoje, vem de décadas. Ou seja, passou da hora de os bancos devolverem à sociedade o tanto que ganham com ela. Seja criando mais empregos bancários, seja com aumento real e maior participação nos lucros. O que é pago aos trabalhadores é dinheiro que volta para o mercado seja em forma de mensalidades escolares, na compra de produtos e serviços, e isso ajuda a aquecer a economia nacional, algo tão necessário agora”, cobra a dirigente.
Fonte: SEEB/São Paulo - Da redação