A nova diretoria do Sindicato dos Bancários de Dourados (MS), presidida por Carlos Longo, tomou posse neste domingo 31 de maio para um mandato de quatro anos, em uma cerimônia simples na sede da entidade por conta do distanciamento social em razão da pandemia da Covid-19. A nova direção foi eleita por 96,35% dos votos dos bancários dos 13 municípios que compõem a base do Sindicato, que é filiado à Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN).

O presidente da Federação, Cleiton dos Santos, fez um pronunciamento remoto para a cerimônia de posse a partir de Porto Velho, onde mora, no qual parabenizou os novos diretores pelo grande apoio da categoria na eleição, como prova da sua representatividade entre os trabalhadores.

Ele disse que a posse ocorre no meio de uma grande crise sanitária e econômica, com “um governo que desde que assumiu voltou-se contra os trabalhadores, declaradamente manifestando intenção de privatizar as grandes empresas do país, dentre elas os bancos públicos”. Acrescentou que, “quando superarmos essa pandemia, certamente não voltaremos ao que éramos em fevereiro de 2020. O capital se antecipa e implementa várias coisas no campo da tecnologia e nas relações de trabalho”.

Cleiton concluiu: “O governo tem trabalhado no propósito do autogolpe, aparelhando tanto o seu próprio governo como setores da sociedade para esse fim. Portanto, nosso desafio é muito maior. O momento é de muita dificuldade e de defender nossas instituições, que exigirá muita dedicação de nossa parte. E aí não tenho dúvida que esse sindicato, que é referência tanto para a Federação Centro-Norte como para o país, graças ao seu grau de organização, que leva seus integrantes para outros espaços decisórios. Juntos nessa luta venceremos, porque nós somos mais fortes”.

Veja resumo do vídeo enviado por Cleiton dos Santos aos bancários de Dourados.

Os desafios da nova diretoria

Ao ser empossado, o presidente Carlos Longo fez uma homenagem às lideranças bancárias que em 1995 “compuseram uma chapa de oposição, concorreram com a chapa da situação e venceram aquela disputa histórica que foi um divisor na história do sindicato dos bancários de dourados e região”.

Lembrou o presidente que graças à “coragem, ousadia, solidariedade, determinação desses companheiros”, hoje “somos um sindicato que tem credibilidade perante a sociedade, tem a confiança e o reconhecimento dos bancários”, “além do reconhecimento e respeito dos demais sindicatos de bancários e entidades de classe do estado e do país”.

Para Longo, “a soma de todos esses fatores sem nenhuma dúvida se transformou em muitas conquistas de direitos aos bancários e demais trabalhadores, e consolidaram o nosso sindicato com a marca da luta e da resistência nesses quarenta anos de existência”.

Entre os desafios que a nova diretoria terá pela frente, afirmou o presidente, “o maior deles diz respeito à nossa saúde e nossa vida, que é tomar todos os cuidados para superarmos a pandemia do coronavírus sem perder nenhum bancário, familiar ou ente querido”.

Longo citou outros desafios imediatos do mandato, entre eles a campanha nacional dos bancários deste ano, que não permitirá os encontros e conferências nacionais, e a defesa dos bancos públicos ameaçados de privatização pelo governo Bolsonaro.

Longo concluiu o pronunciamento prometendo lutar pela “defesa intransigente do projeto da classe trabalhadora” e por “uma grande conquista do povo brasileiro que está seriamente ameaçada, e temos o dever de defender e manter, que é a democracia. Pois sem ela as instituições deixam de funcionar, incluindo aí a proteção ao trabalhador que são os sindicatos”.

Fonte: Fetec-CUT/CN