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9 de Março de 2016 às 06:20

Mulheres do MST realizam atos por todo o Brasil

Lema deste ano é a defesa da alimentação saudável e contra agronegócio


Crédito: MST
MST Camponesas ocupam fazenda em Lajedão, extremo sul da Bahia

A Jornada Nacional de Luta das Mulheres Camponesas neste ano traz o lema: Mulheres na luta em defesa da natureza e alimentação saudável, contra o agronegócio.


Com isso, milhares de mulheres Sem Terra se mobilizarão em todo país durante a primeira quinzena de março para denunciar o capital estrangeiro na agricultura brasileira e as empresas transnacionais, chamando a atenção da sociedade do modelo destrutivo do agronegócio para o meio ambiente, a ameaça à soberania alimentar do país e a vida da população brasileira, afetando de forma direta a realidade das mulheres.


Ao mesmo tempo, as camponesas apresentarão como alternativa o projeto de agricultura baseado na agroecologia, e propõe a luta em defesa da soberania alimentar.


​As mulheres Sem Terra também denunciam a impunidade no caso do Massacre de Carajás, que em 2016 completa 20 anos sem nenhum dos acusados preso. 

 
Confira as ações dessa terça-feira (8)

 MG

1500 mulheres Sem Terra da região sudeste, ocuparam as dependências da mineradora Samarco/Vale, nos arredores da Barragem de Germano (Fundão), na manhã desta terça-feira (8), travando as estradas, os trilhos e toda extração do Complexo de Mariana.

Passados quatro meses do maior crime ambiental da história do país, a maior parte das famílias atingidas ainda segue sem qualquer tipo de assistência. 

As cidades abastecidas pela água do Rio Doce continuam sofrendo com a contaminação por metais pesados.

 DF

Cerca de 500 mulheres do MST-DF e entorno ocuparam o Complexo Jardim da Fazenda Santa Clara, próximo à Unaí (MG).

A fazenda possui cerca de 9 mil hectares de terras griladas.

Também no DF 300 mulheres ocupam a fazenda Sálvia, localizada em Sobradinho (DF). A área pertence à União e as mulheres exigem que ela seja destinada à Reforma Agrária.

 ES

Cerca de 2000 mulheres marcham em direção ao palácio da Fonte Grande, no centro de Vitória-ES. São mulheres de diversos movimentos sociais do Campo e da Cidade que estão nas ruas para denunciar as mazelas causadas pelas grandes empresas do 

 RJ

Mulheres do MST e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), além de outro movimentos sociais e sindicais, realizaram ato nacional contra a empresa Vale.

O objetivo da ação foi o denunciar e responsabilizar a empresa Vale pelo crime social e ambiental ocorrido em Mariana, onde centenas de pessoas ainda estão desalojadas, desempregadas e fora do processo de indenização.

 PA

500 mulheres Sem Terra ocuparam a portaria da Vale em Parauapebas, no sudeste paraense. A PM reagiu de forma truculenta com bombas e agressão.

 CE

Na manhã desta terça feira, cerca de 600 mulheres Sem Terra e urbanas ocuparam o palácio do governo no Ceará. A ação fez parte da Jornada de Luta das Mulheres e denunciou principalmente o agronegócio do estado, a pulverização aérea, a mineração, e a paralisação da Reforma Agrária. Além disso, as mulheres denunciaram as pautas estruturais como a garantia de abastecimento de água nos assentamentos e acampamentos.

 BA

Em Juazeiro, norte da  Mais de 500 mulheres marcharam pelas ruas da cidade no início dessa manhã. As Sem Terra denunciaram o capital estrangeiro na agricultura brasileira e pautaram a democratização da terra.

 TO

Mais de 200 mulheres do MST e da Via Campesina ocuparam também nesta manhã o Ministério da Agricultura no Tocantins.

PR

Na madrugada desta terça-feira (8), cerca de cinco mil trabalhadoras Sem Terra realizaram uma ação relâmpago, nas dependências da empresa Araupel, em Quedas do Iguaçu, região centro do Paraná.


Vindas de todo o estado, as mulheres destruíram as mudas de eucalipto e pinus para denunciar o modelo destrutivo do agronegócio e seus impactos para o meio ambiente, como por exemplo: a expansão da monocultura de pinus e eucalipto, que transforma as terras em um deserto verde improdutivo do ponto de vista da soberania alimentar.

AL

Sindicatos, partidos políticos, movimentos de juventude, movimentos populares e de luta pela terra realizam na manhã desta terça-feira (08), uma grande marcha pela cidade de Maceió em defesa dos direitos das mulheres, contra o golpe e pela democracia.

As mulheres Sem Terra, que estão mobilizadas desde a manhã de ontem (07), com ocupações das agências do INSS e de diversas prefeituras em todo o estado, estão com acampamento montado na cidade de Maceió e somam-se nas fileiras da marcha unitária.

MT

Nessa manhã desta terça-feira (8), 300 mulheres Sem Terra ocuparam a sede da indústria Nortox, instalada no município de Rondonópolis, no Mato Grosso para  denunciar o impacto que a instalação da fábrica vai causar à população do estado. 


A polícia esteve no local e, segundo as camponesas, a segurança da empresa usou jatos d´água de caminhões pipa e cachorros contra a manifestação.


A ação que teve como objetivo denunciar os impactos negativos do uso de agrotóxicos para a saúde humana e meio ambiente, fez parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, que este ano tem como lema “Mulheres na luta em defesa da natureza e da alimentação saudável, contra o agronegócio.”

RS

Cerca de 1200 camponesas ligadas ao MST e ao Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) ocuparam na manhã desta terça-feira (8), o prédio da superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Elas reivindicam anulação da titulação das áreas de assentamentos, e que todas as mulheres assentadas tenham acesso a políticas públicas, como o Fomento Mulher e Kit Feira, que incentivam a produção de alimentos no modelo agroecológico.

Também em POA, cerca de 1200 mulheres MST e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) ocuparam na madrugada desta terça-feira (8), o pátio da empresa Yara Fertilizantes, em Porto Alegre, na Capital do Rio Grande do Sul.

Segundo a dirigente estadual do Setor de Gênero do MST, Roberta Coimbra, o objetivo da ocupação é denunciar o uso abusivo de fertilizantes sintéticos e de agrotóxicos na produção de alimentos no Brasil.

 
Confira as ações dessa segunda-feira (7)

 BA

Na madrugada do último sábado (5), cerca de 1300 mulheres Sem Terra ocuparam a fazenda Pingueira, do Grupo União Industrial Açucareira (UNIAL), no município de Lajedão, Extremo Sul da Bahia. Na área existe um monocultivo de cana-de-açúcar que estava interrompido por diversas denúncias de trabalho escravo.

A usina UNIAL foi autuada em flagrante, em novembro de 2015, pelo Grupo Especial de Erradicação do Trabalho Escravo (GEETRAE). Na ocasião, foram encontrados 330 trabalhadores, cortadores de cana, em situação de trabalho análogo ao escravo.

Também na Bahia, cerca de 480 mulheres Sem Terra ocuparam no sábado (5), a sede da mineradora Mirabela, localizada no município de Itagibá, no Baixo Sul baiano. 

A ação aconteceu em solidariedade a centenas de trabalhadores e trabalhadoras que perderam o emprego na companhia que possui mais de dois mil hectares e, no último período, iniciou um processo de demissão em massa de seus funcionários. 


PB


Na manhã desta segunda-feira (7), ​cerca de 500 mulheres Sem Terra ocuparam a sede da Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), em João Pessoa, capital da Paraíba. A ocupação aconteceu com o objetivo de denunciar o modelo do monocultivo da cana de açúcar, baseado no uso intensivo de agrotóxicos.

RN


No Rio Grande do Norte, na manhã desta segunda-feira (7), cerca de 400 mulheres do campo e da cidade, das organizações que compõem a Frente Brasil Popular, abrem calendário de lutas de 2016, em referência a semana do 8 de março.


MA

Na madrugada desta segunda-feira (7), cerca de 300 mulheres Sem Terra do Maranhão ocuparam os trilhos da Vale, na ferrovia Carajás.

Os trens de minério foram paralisados às 5h da manhã e assim permaneceram até o meio da manhã, sendo impedidos de seguir do Pará para o porto de São Luís no Maranhão. A atividade é um ato de denúncia às ações destrutivas da Vale e também reivindica pautas específicas para amenizar o impacto da Vale no assentamento Vila Diamante e demais comunidades do entorno, como a construção de um viaduto sobre a rodovia, que permita a circulação segura das famílias.

 
AL

 Cerca de 1000 mulheres Sem Terra ocupam agências do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), em vários pontos do estado de Alagoas na manhã de hoje (07).

As camponesas denunciam a burocracia do órgão na emissão de documentos para acesso aos direitos sociais. 

Do sertão ao litoral do estado, as agências dos municípios de Piranhas, Delmiro Gouveia, Traipu, Girau do Ponciano, Teotônio Vilela, Murici e Porto Calvo amanheceram ocupadas pelas Mulheres Sem Terra que iniciam sua Jornada de Lutas no estado. 

PR

Cerca de 450 famílias do MST, acampadas no Herdeiros da Terra de 1° de Maio, em Rio Bonito do Iguaçu, região centro do Paraná, se deslocaram para uma área denominada Guajuvira pertencente ao título Pinhal Ralo nas terras griladas pela empresa Araupel.No Paraná, a empresa Araupel é exemplo claro desse modelo, pois não produz alimentos, apenas madeira para exportação, com as terras cobertas por um deserto verde de pinus e eucalipto.


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