por Redação da RBA
São Paulo – A história da luta pela terra também pode ser contada por meio da música, e, desde que foi criado, em 1984, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) mantém essa tradição. O mais recente projeto é a coletânea de mais de 20 canções em comemoração aos 30 anos do movimento e que até então nunca tinha sido gravadas. O pré-lançamento ocorreu durante o 2º Encontro Nacional de Educadores da Reforma Agrária (Enera), realizado na última semana, em Goiás.
"Estamos fazendo uma coletânea dos 30 anos do movimento, de músicas que ainda não foram gravadas. Vamos ter músicas que são conhecidas nacionalmente, que são cantadas nas nossas trincheiras de luta, nos nossos acampamentos e assentamentos, nas nossas atividades educativas, nos encontros", conta Guê Oliveira, que é música e militante, em entrevista ao repórter Uélson Kalinovski para o Seu Jornal, da TVT.
Dos cinco músicos que participaram da gravação, Zé Pinto é o mais antigo do movimento, e lembra das primeiras manifestações, a luta pela terra, pela inclusão social e o direito à cidadania, temas que fazem parte de todas as músicas do MST. "A resistência que o MST tem, e que o povo brasileiro tem, é muito por causa dessa arte brasileira, realmente. É essa arte brasileira, de raiz, que tem segurado essa organização nesse pique", diz Zé Pinto.
A nova produção se junta ao CD Dor e Esperança, uma coletânea digitalizada com 15 faixas que foram gravadas pela primeira vez há mais de 30 anos, e que resgatam o início do MST. Após o lançamento, durante a Feira Nacional da Reforma Agrária, no mês que vem, a coletânea também estará disponível no site do MST, assim com as demais produções musicais do movimento.