Jornal GGN - Movimentos sociais, parlamentares progressistas e intelectuais emitiram uma nota de solidariedade ao líder do MST, João Pedro Stédile, que foi cercado por um grupo de pessoas com atos agressivos, na noite desta terça-feira (22), ao desembarcar do aeroporto de Fortaleza. A manifestação ofensiva foi comandada por um militante do PSDB.
"A ação comandada pelo empresário do ramo imobiliário Paulo Angelim, militante do PSDB, revela o que há de mais conservador e retrógrado na sociedade brasileira: um ódio de classe, antigo e anacrônico, muito semelhante ao do fascismo", diz a nota.
De acordo com os movimentos sociais e demais signatários da nota conjunta, o grupo de pessoas é o mesmo que "tem impulsionado manifestações golpistas em Fortaleza no intuito de interromper o mandato da presidenta Dilma Rousseff, desrespeitando o voto popular e rompendo com a legalidade democrática no país".
"Temos convicção de que a agressão sofrida pelo companheiro Stédile, não se limita a um ataque individual, ou somente ao MST. Esta agressão só pode ser compreendida como parte de uma ofensiva conservadora da direita na sociedade que busca criminalizar e intimidar todos/as aqueles/as que lutam por um Brasil justo e soberano", defenderam.
O líder do PT no Senado, Hemberto Costa (PE), além de integrar a lista de assinaturas, também aproveitou a tribuna do Plenário para defender Stédile. “Quero registrar aqui o meu repúdio a uma agressão da qual foi vítima o dirigente nacional do MST", afirmou. "Esse clima é patrocinado por muitos desses que, em nome de uma pseudodemocracia, agridem pessoas em espaços públicos. Mas, na verdade, precisam ter um basta", defendeu.
Para Costa, o grupo são pessoas da base da ditadura militar que perderam espaço e "filhotes e herdeiros" daquele período que não aceitam a democracia. “Eles não representam o povo cearense, que é acolhedor e ordeiro, como o povo brasileiro”, disse.