A orientação do Comitê Nacional é o permanente incentivo à atuação das categorias, de modo regionalizado, com a criação de comitês estaduais para fortalecer o movimento e alertar a população sobre os riscos da privatização de empresas públicas, prevista no projeto.
Em reunião do Comitê realizada, às 16h de ontem, na sede da Fenae, sugeriu-se que se mobilizassem as entidades nos estados e municípios para contatar os senadores, governadores, prefeitos, gestores das empresas públicas e deputados federais. Tal estratégia deve-se à percepção de que poucos estão sabendo do impacto que a aprovação da lei em questão terá.
Foi deliberada, ainda, na reunião, a criação de materiais cujas as artes serão disponibilizadas para que as entidades possam reproduzir e distribuir nos seus estados. Sugeriu-se, ainda, que fossem feitas ações de convencimento nos aeroportos para sensibilizar os parlamentares.
“Vencemos um round nesta semana ao evitar a votação do PLS 555 no Senado, mas a nossa mobilização tem que continuar”, diz Maria Rita Serrano, coordenadora do Comitê Nacional e representante suplente dos empregados no Conselho de Administração da Caixa.
“Essa proposta ameaça a Caixa 100% pública e outras empresas públicas federais, estaduais e municipais, dos mais variados setores, pois cria a possibilidade de abertura de capital. O projeto vai enfraquecer o papel social das estatais e, consequentemente, prejudicar a execução de políticas que têm sido responsáveis por importantes avanços em nosso país”, destaca o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.
Substitutivo
Nesta quarta-feira (3), também ficou definida a elaboração de um substitutivo ao PLS 555/2015, a ser apresentado até o dia 15 de fevereiro, quando a matéria deverá voltar à pauta do Senado. A missão ficará a cargo de um grupo formado por técnicos da casa legislativa e lideranças de partidos políticos.