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15 de Junho de 2016 às 09:04

Minuta dos financiários, em defesa do emprego e ampliação de direitos, é entregue à Fenacrefi

Assédio moral, metas abusivas e terceirização também fazem parte da pauta de reivindicações dos financiários. GT de PLR apresentou novo modelo à Fenacrefi


Crédito: Jailton Garcia / Contraf-CUT
A Fetec-CUT/CN foi representada na entrega pela Sec. Org. do Ramo Financeiro, Sonia Rocha

São Paulo - Nesta terça-feira (14), em São Paulo, os financiários entregaram a pauta de reivindicações, com destaque na defesa do emprego e ampliação de direitos, para a Fenacrefi. A minuta foi aprovada em maio, na 1ª Conferência Nacional dos Financiários, que reuniu na sede da Contraf-CUT trabalhadores e trabalhadoras do ramo de várias partes do Brasil.

Entre as reivindicações da Campanha Nacional 2016 estão: reajuste de 15,31%, composto pela reposição da inflação mais 5% aumento real, Piso Escritório R$ 3.777,93 (valor igual ao salário mínimo indicado pelo Dieese em maio de 2016) e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários, entre outros pontos.

Segundo o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, este ano foi uma grande inovação para os trabalhadores e trabalhadoras das financeiras. “Inovamos porque construímos uma minuta coletiva e democraticamente, aprovada durante a primeira Conferência Nacional dos Financiários. Foram feitos grandes debates, com importantes conclusões e deliberações. Este feito sinaliza um bom início de campanha”, ressaltou.

A data base dos financiários em São Paulo é 1 de junho, mas em outros locais ocorre em outros meses. Outra reivindicação é a unificação da data com a categoria bancária, sendo 1º de setembro.

De acordo com o coordenador da Comissão dos Financiários e diretor da Contraf-CUT, Jair Alves, o principal enfoque da reunião foi a defesa do emprego. “Os principais pontos da pauta de reivindicações foram definidos democraticamente na nossa primeira conferência. A expectativa agora é de que as mesas temáticas fortaleçam a luta dos trabalhadores das financeiras de todo o território nacional”.

Outros itens prioritários da pauta de reivindicações dos financiários estão relacionados à saúde e condições de trabalho, como o assédio moral e metas abusivas. A terceirização no setor também foi um dos destaques da reunião.

 

GT de Trabalho de PLR

Na ocasião, o Grupo de Trabalho (GT) de PLR esteve reunido com a Fenacrefi discutindo um novo modelo de Participação nos Lucros e Resultados para os financiários. A proposta apresentada consiste no adiantamento de 60% do valor fixo da PLR + 54% do salário + adicional de PLR.

 

Terceirização

Outro destaque da reunião foi o tema sobre a terceirização, onde foi criada uma mesa temática para discutir sobre o assunto.

“A mesa temática sobre terceirização é uma conquista dos trabalhadores. Este é mais um espaço para que os financiários possam avançar nas discussões sobre lucros e resultados”, apontou Jair.

 

Principais reivindicações dos Financiários

Reajuste:15,31% (reposição da inflação mais 5% aumento real)

PLR: Três salários do trabalhador

VA, VR e auxílio-creche/babá: salário mínimo nacional para cada um deles (R$ 880)

Pisos:

Escritório R$ 3.777,93

Caixas, operadores de telemarketing, empregados de tesouraria e os que efetuam pagamentos e recebimentos R$ 5.100,21

Analista de Crédito R$ 5.666,90

1º Comissionado R$ 6.422,48

1º Gerente R$ 8.500,34

*Salário mínimo medido pelo Dieese em maio de 2016 (R$ 3.777,93)

Abono assiduidade de um dia

Fim da terceirização

Fim do assédio moral e das metas abusivas

Licença-paternidade de 20 dias

Unificação nacional da data base

 

Fonte: Contraf-CUT


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