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15 de Julho de 2016 às 06:27

Mesmo na crise, executivos dos bancos ganham mais

Remuneração de chefes de grandes instituições mundiais sobe quase 8%. Nos Estados Unidos aumento foi em média de 10%


Crédito: Reprodução

São Paulo – Nunca tem crise para banqueiro. Os executivos-chefes de grandes bancos mundiais tiveram a remuneração aumentada em 7,6% no ano passado. A média é de US$ 13,1 milhões para cada um deles.

Nos Estados Unidos, os números são ainda mais altos. O pacote salarial médio dos chefes dos seis maiores bancos norte americanos subiu cerca de 10%. No J.P. Morgan Chase, Goldman Sachs, Citigroup, Wells Fargo, Bank of America e Morgan Stanley eles ganharam em média US$ 20,7 milhões em 2015, incluindo salários, bonificações pelo desempenho no ano e contribuições previdenciárias.

A análise foi feita pela firma especializada em dados salariais Equilar e pelo Financial Times, com os 20 chefes de bancos internacionais mais bem pagos na Europa, EUA, Canadá e Austrália, e publicada pelo jornal Valor Ecônomico.

“Apesar de estarem na base da crise financeira mundial, que teve início em 2008, e afundou o mundo numa recessão da qual os países ainda nem se recuperaram, esses executivos seguem ganhando milhões”, critica a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “A crise segue atormentando milhões de trabalhadores e os executivos enchendo os bolsos de dinheiro.”
Após 2008, uma série de medidas foi proposta limitando a remuneração dos executivos nos EUA. O objetivo seria restringir a forma como as empresas financeiras, inclusive os bancos de Wall Street, pagam altos executivos e evitar que as instituições enfrentem riscos de perdas expressivas. As propostas foram apresentadas pela primeira vez em 2011 e uma versão modificada foi apresentada em abril.

A análise da Equilar demonstra, no entanto, que apesar de tantas perdas no mundo, os bancos continuam remunerando alto seus executivos, o que pode incentivar formas de gestão que representam comportamentos de risco para o sistema financeiro.


Fonte: SEEB/São Paulo com informações do jornal Valor Econômico e da Reuters

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