Essa postura é uma das razões que tem levado os empregados a fortalecer a greve, que completa nove dias nesta quarta-feira (14). “A PLR Social anda de mãos dadas com o papel social da Caixa. Qualquer comparação da rentabilidade com bancos privados acaba por ser uma defesa da sua privatização, uma vez que a instituição é responsável por diversos programas sociais do governo federal. Defender a Caixa 100% pública é fazer a defesa também da PLR Social. Os trabalhadores não aceitarão rever esta conquista, um direito adquirido”, relata o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), Dionísio Reis.
Jair Pedro Ferreira, presidente da Fenae, lembra que é preciso valorizar as conquistas históricas da categoria. “A PLR como se conhece hoje foi conquistada em 2003. Antes, o que existia na Caixa era a chamada PRX, um plano atrelado ao cumprimento de metas, que deixava a maioria dos trabalhadores sem receber nada. Já a PLR Social é uma forma de reconhecer o esforço e a dedicação de todos os empregados, sem diferenciação, que se tornaram essenciais para o sucesso de programas sociais como Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida”, diz.
A PLR Social garante a distribuição do equivalente a 4% do lucro líquido da Caixa, de forma linear para todos os empregados. Ano após ano, graças à mobilização dos bancários, ela tem sido garantida. “É por isso que, mais uma vez, a mobilização dos empregados será fundamental para mantermos essa e outras conquistas”, finaliza Jair Pedro Ferreira.