As propostas aprovadas domingo dia 5 pela 13ª Conferência Regional da Fetec-CUT/CN serão apresentadas pelos bancários da região Centro-Norte à 22ª Conferência Nacional dos Bancários, que será realizada de forma virtual nos dias 17 e 18 de julho. Que por sua vez aprovará a pauta de reivindicações da Campanha Nacional de 2020.
“Fizemos uma conferência regional histórica, realizada pela primeira vez virtualmente, refletindo a dificílima conjuntura que estamos vivendo. E será assim, usando principalmente a comunicação virtual e as redes sociais, que faremos a campanha nacional dos bancários deste ano, em que teremos como um dos principais desafios, antes de mais nada, preservar a saúde e a vida dos bancários diante da pandemia”, afirma Cleiton dos Santos, presidente da Fetec-CUT/CN.
Veja como foi a Conferência Regional.
“Precisaremos também fazer uma grande mobilização nacional para manter a Convenção Coletiva e preservar o emprego e os direitos da categoria e manter e avançar nas conquistas, como aumento real de salário e melhores condições de trabalho”, acrescenta Cleiton. “Além disso, temos o desafio de lutar em defesa dos bancos públicos, da democracia e da soberania nacional, ameaçados por esse governo que não cuida da população nem durante a pandemia e só atende os interesses dos patrões.”
As principais propostas aprovadas pela 13ª Conferência Regional são as seguintes:
Manutenção dos direitos e da Convenção Coletiva: Nenhum direito a menos. Os bancários do Centro-Norte querem manter os direitos conquistados na CCT em décadas e décadas de luta, assim como os acordos coletivos de bancos. Também defendem a assinatura de acordo por 2 anos.
Defesa do emprego: lutar para defender a manutenção do emprego e sem demissões.
Aumento real e PLR: Reposição da inflação mais 5% de ganho real.
Teletrabalho: Os bancários do Centro-Norte são contrários à implantação do home office. Mas, caso se torne efetiva, que os bancos sejam responsáveis pelo custeio de todo o material de trabalho de maneira ampla e irrestrita, custeando despesas com ar condicionado, internet e mobiliário. Que o bancário tenha um horário de trabalho de acordo com a jornada, sendo que a partir do fim da jornada ele não tenha como acessar o sistema. E que os bancos autorizem a fiscalização periódica do local de trabalho pelo sindicato.
Bancarização x fechamentos de agências: Não fechamento de agências e que os bancos tenham atendimento em todas as cidades do país.
Defesa dos bancos públicos: Implementar campanhas de mídia massiva para o público externo, de todas as classes sociais, com foco nas classes B, C e D, demonstrando a importância dos bancos públicos para os brasileiros e desmistificando que bancos públicos só existem no Brasil.
Saúde e condições de trabalho:
> Combate às metas abusivas e ao assédio moral e sexual. Denunciar abusos, em especial os advindos da pressão por cumprimento de metas impossíveis de serem cumpridas.
> Protocolo de Segurança Covid-19: Após algum bancário apresentar sintomas do vírus, que todos que trabalham no local sejam testados imediatamente para certificar que não estão infectados, ficando em quarentena até sair o resultado do exame. E sanitizar/desinfetar imediatamente a agência ou departamento.
> Ampliar plano de saúde para os pais.
> VA e VR para os afastados durante todo período do afastamento.
> Demandas sobre saúde psíquica emocional da categoria bancária.
> Garantir que o banco tenha ações concretas e eficientes para minimizar os riscos da pandemia.
> Suporte adequado na questão da saúde dos trabalhadores e trabalhadoras.
> Cobrar que os funcionários atendam às exigências, como usar máscara durante o expediente nas instalações do banco.
> Defesa da jornada de seis horas para todas as funções.
> Fim das cobranças virtuais por parte dos gestores fora do horário da jornada de trabalho.
> Reembolso da prova do AMBIMA.
> Melhoria da segurança bancária, com acréscimo de novos itens além dos já contemplados na legislação federal, com obrigatoriedade de instalação de PGDM em todos os estabelecimentos bancários.
Defesa da Democracia e da soberania: Os delegados e delegadas aprovaram o princípio de que a categoria e toda a sociedade brasileira precisam lutar para defender a democracia e a soberania nacional, ameaçadas pelo governo autoritário de Bolsonaro.
Fonte: Fetec-CUT/CN