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3 de Novembro de 2015 às 08:20

Itaú: Prêmio para quem furou a greve, não

Sindicato denuncia chefias que deram dia de folga para quem furou movimento no CA Vila Mariana do Itaú - See more at: http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=13101#sthash.fKJ5BVKB.dpuf


São Paulo – A atuação do Itaú, tentando furar a greve dos bancários das mais diversas maneiras, resultou em determinação da Justiça proibindo o banco de alterar locais e horários de trabalho dos empregados ou promover outros atos de contingenciamento que ferissem o direito de greve. A decisão do juiz da 35ª Vara do Trabalho de São Paulo foi tomada após o Sindicato entrar com uma ação.

A lição, no entanto, parece não ter sido aprendida. De acordo com denúncias que chegaram ao Sindicato, alguns funcionários do CA (Centro Administrativo) Vila Mariana do Itaú estariam ganhando um dia de folga como prêmio por ter furado a greve da categoria. Seriam mais de 30 bancários do setor Paga Devolve selecionados para ganhar folga por trabalhar durante a greve entrando de madrugada, às 3h. 

Imediatamente o Sindicato cobrou do banco uma solução para essa premiação que caracteriza um desrespeito a quem exerceu o direito de se mobilizar e vai contra a lei de greve, já que esses trabalhadores, ao chegar de madrugada, faziam parte do contingenciamento proibido pela Justiça.


Um dos gestores do local disse que não sabia da situação e que as folgas, que já estão sendo tiradas, serão suspensas. “O departamento de relações sindicais da área de recursos humanos do banco disse que irá apurar o caso e responder ao Sindicato”, afirma Sergio Lopes, o Serginho, diretor do Sindicato.

Riscos – Quem trabalhou de madrugada, além de ser forçado a furar a greve, muitas vezes tinha de ir para outro polo ou contingência longe do local de trabalho e com seu próprio recurso. Mesmo nos casos em que era oferecido taxi pago pelo banco, os trabalhadores foram colocados em risco.

“Um taxista foi assaltado quando buscava um funcionário em sua casa. No outro dia, mais um sofreu um sequestro relâmpago na mesma situação”, relata Serginho. “Com isso, o Itaú colocou em risco a vida dos bancários e de suas famílias, após estes casos muitos começaram a se recusar a trabalhar no horário, o que é um direito dos trabalhadores e deve ser respeitado pelo banco”, completa o diretor do Sindicato.


Fonte: SEEB/São Paulo - Luana Arrais

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