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21 de Dezembro de 2016 às 06:02

Itaú é a empresa brasileira que mais lucrou em 2016

Banco faturou R$ 16 bilhões entre janeiro e setembro, período em que demitiu mais de 1,7 mil; Bradesco, BB, Santander e BTG Pactual também estão entre os 20 primeiros em ranking da consultoria Economatica


São Paulo – O Itaú é a empresa brasileira que mais lucrou em 2016. Levantamento da consultoria Economatica aponta que o banco faturou R$ 16,1 bilhões entre janeiro e setembro deste ano. Bradesco (3ª), BB (6ª), Santander (8ª) e BTG Pactual (12º) também figuram entre as 20 empresas com melhores resultados no período.

“Mesmo com a atual crise econômica, o Itaú e os bancos em geral integram o setor com maiores lucros no Brasil. Por outro lado, mesmo com o faturamento nas alturas, seguem demitindo. Só o Itaú eliminou mais de 1,7 mil postos de trabalho nos nove primeiros meses deste ano. No geral, entre janeiro e outubro, já são 10.009 bancários a menos no setor financeiro”, enfatiza a diretora executiva do Sindicato e funcionária do Itaú, Marta Soares.

De acordo com a dirigente sindical, além de alavancar os índices de desemprego no país e dificultar a retomada do crescimento econômico, o corte de postos de trabalho no setor financeiro sobrecarrega bancários e leva estes trabalhadores ao adoecimento.

“A sobrecarga de trabalho, aliada a uma gestão que exige o cumprimento de metas abusivas para obtenção de lucros enormes, leva a categoria a sofrer cada vez mais com doenças decorrentes da pressão excessiva e do assédio moral”, diz Marta.

Somente em 2013 (ano com as estatísticas mais recentes), 18.671 bancários foram afastados em todo o país. Do total de auxílios-doença concedidos pelo INSS, 52,7% tiveram como causas principais transtornos mentais e doenças do sistema nervoso.

“Não podemos aceitar que o setor mais lucrativo do país continue cortando postos de trabalho. É uma obrigação constitucional do sistema financeiro promover o desenvolvimento do país e servir aos interesses da coletividade”, conclui a diretora do Sindicato. 

Fonte: SEEB/São Paulo


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