Falta de conhecimento e de responsabilidade podem ser os motivadores que levaram a conselheira eleita do Caref, Juliana Donato, a defender a rejeição do relatório anual 2015 da Cassi - Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil.
Sem maiores esclarecimentos ou informações a conselheira orienta a rejeição das contas da Cassi. O posicionamento é similar ao que tem sido sua ação no Conselho de Administração BB, onde vota sempre na mesma direção, ou seja, contrária a qualquer que seja a decisão, não importando o que seja proposto.
Como todos as entidades de autogestão de planos de saúde, a Cassi tem suas contas auditadas por uma consultoria externa, a Grunitzky Auditores Independentes, antes de ser apreciada pelo Conselho Fiscal, que também avalia as contas antes de emitir parecer para aprovação pelo Conselho Deliberativo das contas da entidade.
Após esses procedimentos de governança, o Conselho Deliberativo, que tem na sua composição metade dos membros eleitos pelos associados da Cassi, examinou e aprovou o relatório, determinando que fosse submetido aos associados.
Mas, a conselheira eleita, do alto de imaturidade e desconhecimento da função que devia desempenhar e também por irresponsabilidade, sem avaliar ou considerar as razões que poderiam levar à rejeição das contas, orienta que os funcionários do BB rejeitem as contas Cassi. Ela confunde a discussão de soluções para o déficit da Cassi com a integridade dos dados que estão em discussão, dados que foram considerados por todos que avaliaram como sendo a exatos e que devem ser avaliados pelos associados.
A Contraf-CUT tem discutido com os funcionários soluções para a Cassi e também cobrado do BB a responsabilidade e celeridade na negociação de medida duradoura para a Cassi. Nas tratativas a Contraf-CUT sempre se posicionou contra quaisquer decisões que cobrem apenas dos funcionários o ajuste das contas da Cassi e também que não seja solução duradoura capaz de garantir a perenidade de nosso plano de saúde.
Ernesto Izumi, diretor de formação da Contraf CUT, considera que “o Caref demonstra com sua ação a imaturidade e também desconhecimento do que é uma caixa de assistência de trabalhadores, ao propor esse tipo de decisão. Também revela a falta de inciativa para propor ao próprio banco no Conselho de Administração, onde deveria atuar com olhos voltados para o funcionalismo, soluções viáveis para a Cassi”.