Pela proposta da Caixa, só seriam promovidos os empregados que, no resultado da GDP, estivessem classificados nos quadrantes “eficaz”, “superior” e “excepcional”. Se aplicada essa regra, 25% dos empregados elegíveis, em alguns segmentos, ficariam com zero delta.
Os representantes dos empregados deixaram claro que a proposta apresentada pelos empregados levou em conta a construção feita desde 2008 nas Comissões Paritárias com a Caixa, e previa a aplicação de critérios como frequência, realização de cursos da Universidade Caixa e de iniciativa pessoal, realização do PCMSO, assinatura dos termos de compromisso, e avaliação 360 graus. Os empregados seriam pontuados de acordo com o desempenho nestes critérios, e, atingindo determinada pontuação, conquistariam os deltas.
GDP - O modelo de avaliação da “meritocracia” adotado pela Caixa é extremamente problemático. Na chamada “avaliação de estilo”, por exemplo, o peso da opinião da chefia representa de 54 a 67% da nota final do empregado, tendo poder decisivo no resultado final. A GDP estabelece também acordos individuais de resultados entre o empregado e a chefia, expondo, portanto, o trabalhador.Outro ponto negativo é que o resultado das unidades sofre com as sucessivas alterações nas metas feitas pela empresa ao longo do ano.
“Aplicar a GDP desconsidera todo o acúmulo histórico que foi construído nos últimos 12 anos, a partir do PCS 2008, nas negociações com as representações dos empregados. O impasse representa um retrocesso que nos remete à década de 90, quando a progressão das carreiras ficava a cargo das chefias”, afirma o coordenador do GT, João Paulo Pierozan, da Fetec/PR.Como a contraproposta dos empregados foi rechaçada pela empresa nesta rodada e, diante do impasse, o GT remeterá à CEE/Caixa o debate sobre a questão.
Fonte: Fenae