por Redação RBA
São Paulo – O Instituto Lula divulgou na sexta-feira (27) duas notas nas quais repudia as "novas calúnias da revista Veja" contra o ex-presidente da República e um novo vazamento, pelo Ministério Público Federal (MPF), de "diálogo inventado" que implicaria Lula em corrupção na Petrobras.
"Diante da evidência de mais um vazamento ilegal, os advogados do ex-presidente Lula vão requerer acesso ao suposto depoimento do réu Pedro Corrêa, para tomar as medidas cabíveis diante de mais uma arbitrariedade contra Lula", diz uma das notas.
O texto lembra que Pedro Corrêa foi condenado pelo juiz Sergio Moro a mais de 20 anos de cadeia por ter praticado 72 crimes de corrupção e 328 operações de lavagem de dinheiro. "Foi para não cumprir essa pena na cadeia que ele aceitou negociar com o MPF uma narrativa falsa envolvendo o ex-presidente Lula, inventando até mesmo diálogos que teriam ocorrido há 12 anos", afirma o instituto.
"É repugnante que policiais e promotores transcrevam essa farsa em documento oficial, num formato claramente direcionado a enxovalhar a honra do ex-presidente Lula e de um dos mais respeitáveis políticos brasileiros, o falecido senador José Eduardo Dutra, que não pode se defender dessa calúnia", diz ainda uma das notas.
Os advogados afirmam ainda que pediram apuração das responsabilidades pelo vazamento, "ilegal e seletivo" da delação de Corrrêa, "para que sejam tomadas todas as medidas necessárias em relação às mentiras veiculadas contra Lula, com o intuito de ofender sua honra e reputação".
A petição está disponível em www.abemdaverdade.com.br
O Instituto Lula diz que o Estado de direito não comporta "esse tipo de manipulação insidiosa e covarde e acusa "os meios de comunicação que dela se aproveitam" de promover uma campanha de ódio e difamação contra Lula.
A assessoria de imprensa do ex-presidente afirma que a Lava Jato não encontrou nenhuma prova "ou sequer indício de participação de Lula nos desvios da Petrobras". "Por isso apelam a delações mentirosas." Diz também que há mais de dois anos "Lula tem suas contas, impostos, viagens e conversas devassadas e não se encontrou nenhum fato que o associe aos desvios da Petrobras, porque Lula sempre agiu dentro da lei".