A compra da filial brasileira pelo Bradesco foi aprovada pelo Banco Central em meados de janeiro. A avaliação do Cade é a segunda etapa para que a transação possa ser efetivada.
Segundo a própria assessoria do Conselho, ouvida pela revista
Exame, a iniciativa do Cade não é usual, mas se justifica pela complexidade do negócio, que demanda uma revisão mais abrangente do que as fusões bancárias usuais no Brasil. A assessoria também informou à
Exame que as respostas serão protegidas por sigilo.
O HSBC respondeu ao pedido do Cade em 5 de fevereiro, mas o conteúdo tem acesso restrito. Tanto a assessoria do HSBC quanto a do Bradesco disseram à
Exame que não comentariam o caso.
O Cade já havia informado que avalia a transação para verificar os efeitos sobre a concorrência no setor bancário do país, já que, segundo dados do BC, o Bradesco é o quarto maior banco brasileiro em ativos e o HSBC é o sétimo.
Em suas defesas, as diretorias do HSBC e Bradesco dizem que a operação não prejudicará a concorrência, e informam que os dois bancos somam mais de 40% do mercado em apenas 131 dos 3.582 municípios brasileiros que possuem agências bancárias.
Empregos – A diretora do Sindicato e funcionária do HSBC, Liliane Fiúza, lembra que as duas instituições assumiram compromisso com o movimento sindical de que a transação não levaria a demissões em massa. “O compromisso foi firmado e estamos atentos”, reforça.
> HSBC e Bradesco afirmam:
sem demissão em massa Segundo ela, nem teria motivos para demissões, já que os dois bancos têm perfis diversos. “Em outra reportagem, a própria Exame comenta que são instituições financeiras com perfis muito diferentes. O Bradesco tem mais correntistas, mas não tem o contingente de 1 milhão de clientes de alta renda que tem o HSBC. Portanto, o Bradesco necessita da expertise dos funcionários do HSBC”, lembra a dirigente.
Fonte: SEEB/São Paulo com informações da Exame