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24 de Outubro de 2016 às 05:59

GTs sobre descomissionamentos e caixa minuto vão iniciar trabalhos em novembro

Os dois fóruns de debates foram conquistados na Campanha Nacional dos Bancários de 2016. Representantes dos trabalhadores vão manter defesa da revogação da versão mais recente do RH 184


Brasília - Os Grupos de Trabalho que vão discutir o fim dos descomissionamentos arbitrários e o fim do caixa minuto na Caixa Econômica Federal já têm data para iniciar os trabalhos: 24 e 25 de novembro, respectivamente. Ambos foram conquistados na Campanha Nacional dos Bancários de 2016. Eles serão formados por quatro representantes dos empregados e outros quatro do banco, e terão, a princípio, um mês para finalizar os trabalhos.

“Apesar da greve de 31 dias este ano, a Caixa se negou a atender à reivindicação de revogar a versão mais recente do RH 184. Mas conseguimos que o assunto seja discutido por uma comissão paritária, e nesse fórum vamos manter nossa posição contrária ao normativo. As entidades vão debater com a categoria para tornar esse processo mais justo. E esperamos que a direção da empresa esteja disposta a rever o RH”, afirma o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), Dionísio Reis Siqueira.

 

Pontos mais críticos do RH 184

No dia 22 de julho, a CEE/Caixa, que assessora a Contraf-CUT, reivindicou a imediata revogação da versão mais recente do RH 184, em vigor desde 1º de julho, que trata do exercício de função gratificada e cargo em comissão. O ofício enviado à direção do banco destacou que a designação “por minuto” afronta a Constituição, pois vai gerar redução de salário. “A função de caixa é da estrutura permanente da empresa, não pode estar direcionada para designações eventuais”, diz o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.

A exclusão da exigência de Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) para mudança de função para caixa ou caixa de ponto de venda é outro item rechaçado. Mais uma afronta, agora à CLT, que prevê a necessidade de PCMSO quando da mudança de função. “A própria Caixa reconheceu risco inerente ao desempenho das funções de caixa, como consta em versões anteriores do próprio RH 184. Isso é fundamental para garantir melhores condições de saúde do trabalhador”, afirma Dionísio Reis.

Um dos pontos mais preocupantes, porém, é a nova hipótese para a dispensa motivada da função, totalmente subjetiva. Bastará ao gestor preencher um termo para que haja a perda da função ou cargo em comissão. “Isso é um desrespeito. Como temos dito, lembra o RH 008, editado em março de 2000 pelo governo FHC, que permitia demissões sem justa causa”, acrescenta Jair Pedro Ferreira.

Fonte: Agência Fenae

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