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21 de Setembro de 2016 às 07:33

Greve toma conta do Brasil e pressiona banqueiros

Em duas semanas de mobilização nacional, categoria mostra disposição para lutar por aumento digno, valorização da PLR, dos vales, do auxílio-creche, respeito aos empregos, fim das metas abusivas


Crédito: SEEB/SP

São Paulo – A greve nacional dos bancários 2016 é a maior da história. Na segunda-feira 19, décimo quarto dia de mobilização, 13.071 agências tiveram as atividades paralisadas em todo o Brasil, um recorde para a categoria. O número representa 56% do total de agências do país.

Trabalhadores do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Federal, Itaú, Santander e demais bancos estão parados desde 6 de setembro. A paralisação é resposta à proposta rebaixada da federação dos bancos (Fenaban) para reajustar salários, PLR, vales e auxílios, e abono a ser pago em uma única vez, sem incidência em férias, 13º, FGTS, previdência. Todas as demais reivindicações, como proteção ao emprego, foram respondidas pelos bancos com um sonoro NÃO.

Dia de recorde – Só em São Paulo, Osasco e região foram 1.118 locais de trabalho fechados na segunda 19. Na cidade do Rio de Janeiro (foto à direita), ficaram paralisadas 381 agências e seis prédios administrativos. De acordo com o sindicato de lá, o número é maior do que o de sexta, quando pararam 369. A representação dos trabalhadores diz, ainda, que a adesão não se limita apenas ao Centro, já se espalhando para o bairro de Botafogo, além das regiões sul e oeste da capital.

Em Porto Alegre, na sexta 16, a greve voltou a crescer. Na área do SindBancários, 292 agências foram fechadas, totalizando 959 em todo o Rio Grande do Sul.

Na base do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, a segunda-feira 19 registrou 357 unidades paralisadas, sendo cinco de financeiras, além de 10 centros administrativos. No total, cerca de 14 mil trabalhadores aderiram. Além da região central, a greve paralisou bairros como Centro Cívico, Juvevê, Bacacheri, Bairro Alto, Mercês, Bigorrilho, Portão, Parolin, Hauer, Boqueirão e Novo Mundo; agências nas regiões da rua Salgado Filho, Carmo e Mercado Municipal/Rodoferroviária, Pinheirinho e Água Verde. Na região metropolitana da capital paranaense a greve atinge os municípios de Lapa, São José dos Pinhais, Pinhais, Quatro Barras, Piraquara, Campina Grade do Sul, Campo Largo e Colombo (mais Alto Maracanã).

Em Belo Horizonte, os trabalhadores computaram paradas, também na segunda 19, um total de 72% das unidades de trabalho da base de Belo Horizonte e Região.

No Espírito Santo, na quinta-feira 15, eram 335 agências fechadas, sendo 186 na Grande Vitória e 149 no interior, além de três departamentos da Caixa e dos prédios do Bandes, do Centro de Processamento de Dados do Banestes (CPD) e da Pio XII (Banco do Brasil).

Na Bahia, das 1.232 unidades do Estado, 951 estão sem atendimento, sendo 274 em Em Salvador. No Ceará (foto à esquerda), foram 419 agências, sendo 223 em Fortaleza e 196 no interior, ou 74,56% do total de unidades no estado. No Acre foram 19 unidades paradas. Todos dados de segunda 19.

Em Mato Grosso, na mesma data, mais de 270 agências foram fechadas e, no Mato Grosso do Sul, foram pelo menos 138 unidades – 86% – sem atendimento em Campo Grande e região.

Na Paraíba, a sexta-feira 16 teve adesão de mais de 90% das agências. No Maranhão, os bancários paralisaram na segunda 19 as atividades da Superintendência do BB, na Praça Pedro II, no Centro de São Luís. No interior do Estado, mais agências também foram fechadas. 

Mais dados – Os dados mais recentes, na semana anterior à da segunda 19, também dão boa dimensão da força da paralisação. No Amazonas, a adesão foi a 69% das agências de Manaus e 34% no interior. Em Alagoas, foram 90% de agências paradas no estado. Em Maceió, a adesão é de 100%. Em Sergipe, a paralisação conta com 197 agências envolvidas.
Fonte: SEEB/São Paulo - Redação Spbancarios

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