Brasília - Dando continuidade à pressão para que o GDF volte atrás na decisão arbitrária de demitir 600 vigilantes terceirizados do DF, os trabalhadores de segurança patrimonial realizaram um novo protesto em frente ao Palácio do Buriti na última quarta-feira (22). Após horas de mobilização, os trabalhadores que cumprem o aviso prévio decidiram retirar o acampamento, montado durante uma semana.
O sindicato que representa a categoria (Sindesv-DF) garantiu que a pressão continuará. “Não permitiremos que tantos pais e mães de família sejam prejudicados. Isto é uma injustiça com os trabalhadores. Nós, do sindicato e vigilantes, continuaremos pressionando e seguiremos na luta para que o GDF volte atrás”, disse o presidente eleito do Sindesv, Paulo Quadros.
Graças ao acampamento montado e aos protestos desses trabalhadores, uma comissão formada por dirigentes do sindicato foi recebida pelo subsecretário da Casa Civil, Márcio Gimenes, na última mobilização da categoria. No encontro, Gimenes prometeu levar as reivindicações dos trabalhadores ao chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, e dar uma resposta até o dia 29 de junho.
Se a resposta não for satisfatória,os vigilantes retomarão com vigor as ações de protesto, pois consideram as demissões injustas. Os trabalhadores não aceitam pagar por uma crise de gestão que não causaram. Além disso, entendem que a medida coloca em risco o patrimônio público, bem como a integridade dos servidores e usuários dos serviços, que ficam desprotegidos.
Os 600 vigilantes que cumprem aviso são ligados às empresas Brasfort e Multser. As demissões são decorrentes do pedido do GDF de um corte de pessoal pelas empresas equivalente ao percentual do reajuste salarial de 11,5% concedido à categoria em acordo coletivo. Na opinião dos vigilantes, o GDF reduz custos e as empresas não abrem mão de parte de seus altos lucros, transferindo os ônus aos trabalhadores.
O Sindicato defende que o governo Rollemberg suspenda as demissões até que se encerre a licitação de um total de 7.410 vagas de vigilância. Para o Sindesv, não há a menor necessidade de demissões. Ao contrário, a licitação prevê contratações de mais 710 vigilantes em relação ao quadro atual.
Fonte: CUT Brasília