O presidente da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN), Cleiton dos Santos, foi desrespeitado nesta terça-feira 22 pelo gerente da agência Presidente Dutra do Banco do Brasil em Porto Velho (RO), quando visitava a dependência junto com dois diretores do Sindicato de Rondônia para averiguar denúncia de que uma reforma em execução no prédio tornava o ambiente impróprio para o trabalho dos bancários e a presença de clientes.
A agência estava suja de poeira, barulhenta por causa de marretadas e serras circulares; fios elétricos expostos e outros espalhados sob risco de causar quedas; extintores contra incêndios amontoados entre armários, cadeiras de trabalho, materiais de construção e mesas; num ambiente fechado sem ar-condicionado e ventilação, a uma temperatura de quase 40 graus. O que representa um desrespeito ao distanciamento para evitar contaminação por Covid-19.
“Você é uma pessoa problemática”, cortou o diálogo o gestor, quando Cleiton, que também é diretor do Sindicato de Rondônia e estava acompanhado dos diretores sindicais Euryale Ramos e José Toscano, discordava de sua argumentação de que esse ambiente insalubre fosse prejudicial para bancários e clientes.
“Após alguns anos na luta e na defesa dos interesses da classe trabalhadora, ouvir de um gerente de agência (que se acha o próprio dono do banco), que como sindicalista ainda causo problemas quando vou exigir que os bancários e bancárias tenham direito a trabalharem num ambiente salubre, sem risco de sofrer nenhum tipo de acidente ou de adquirir doenças, confesso que me deixou mais satisfeito, pois nem o tempo nem o cargo que ocupo me afastaram dos princípios e concepções”, escreveu Cleiton dos Santos em sua página no Facebook.
“Pelo visto (esse gerente) trabalha com a velha e arcaica forma de gerir pessoas e negócios na base do ‘disse me disse’, e que prioriza o resultado dos negócios em detrimento a integridade física dele, dos colegas de trabalho e também dos clientes. Espero que alguém com responsabilidade e compromisso com BB não compactue com tamanha insensibilidade”, concluiu o presidente da Fetec-CUT/CN.
Fonte: Fetec-CUT/CN