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7 de Dezembro de 2016 às 18:06

Funcionários do BB realizam Dia Nacional de Luta contra reestruturação

Bancários e bancárias participam de mobilizações em todo o país e chamam a atenção da população para o desmonte do banco


Crédito: Reprodução

Os bancários do Banco do Brasil de todo o país realizaram, nesta quarta-feira (7), o Dia Nacional de Luta. Agências fechadas, atrasos no expediente e manifestações em frente aos locais de trabalho foram algumas das ações. O ato é em protesto às negativas e falta de resposta do Banco do Brasil para as reivindicações de proteção dos funcionários, em função do processo de reestruturação do banco).

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Para Wagner Nascimento, a grande participação de bancárias e bancários de todos os cantos do país no Dia Nacional de Luta mostra que há de fato uma indignação com o atual momento do banco. “É impossível o funcionário ficar tranquilo como quer o banco, quando se sabe que o corte de cargos já foi feito e muita gente vai ter perda de salários. Por isso que nossas propostas colocadas na mesa de negociação visam proteger os funcionários e suas famílias. Esperamos do BB a sensibilidade de não tratar este processo apenas como uma conta financeira de redução de custos. O Banco precisa atender as reivindicações dos representantes dos funcionários.”

Na última mesa de negociação, no dia 1º de dezembro, em Brasília, o banco se recusou a passar informações aos representantes dos trabalhadores sobre a reestruturação, como a planilha dos cargos e dotações cortadas em cada prefixo. O banco também não respondeu claramente o que vai acontecer com aqueles que não conseguirem realocação.

Sob o comando do governo ilegítimo de Temer, o BB anunciou fechamento de 402 agências e a transformação de outras 379 em postos de atendimento. O processo de reestruturação envolve cortes de mais de 9 mil postos de trabalho e vai provocar redução salarial de milhares de funcionários, caso estes não forem realocados.

“A nossa luta é contra o modelo neoliberal que estão reimplantando no Brasil. Este mesmo modelo que ceifou 300 mil empregos da categoria bancária nos anos noventa e que foi uma catástrofe para os bancos públicos. Ao fim de uma década o Banco do Brasil havia perdido metade dos seus funcionários. O nosso movimento em defesa do BB tem que crescer, somar, trazer a sociedade, não é uma luta somente dos funcionários é uma luta de todos nós”, afirmou Carlos de Souza, secretário-geral da Contraf-CUT.

Os funcionários voltaram a reafirmar que são contrários às medidas e também cobraram do banco respostas quanto à extensão do VCP - Verba de Caráter Pessoal – que tem como objetivo garantir a remuneração daqueles que perderão seus cargos ou tiveram suas agências extintas. Foi proposto ao banco que seja criado um VCP permanente, nos moldes da verba 226 do plano de funções. Mas o banco não deu resposta quanto à reivindicação, alegando que o assunto ainda está sob análise, assim como o VCP para os Caixas efetivos e substitutos.

Para realocação dos funcionários, foi proposto ao banco que no TAO Especial criado com esta finalidade, seja adotado o critério de priorização e maior pontuação para a escolha dos funcionários na lateralidade. Mais uma vez o banco não respondeu à reivindicação.

A Contraf-CUT, através da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, tem uma nova reunião com o banco nesta quinta-feira (8). Também foi agendada reunião sobre o modelo digital dentro da reestruturação para o próximo dia 14 de dezembro.

Fonte: Contraf-CUT


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