A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, que assessora a Contraf-CUT e é integrada pela Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), e outras entidades do funcionalismo voltarão a se reunir com a direção do BB nesta segunda-feira 5 para dar continuidade às negociações em busca de um acordo visando o equilíbrio financeiro da Cassi.
A Caixa de Assistência é uma empresa compartilhada entre o BB e os funcionários, que administra o plano de saúde dos trabalhadores do banco.
Na última reunião, dia 22 de agosto, o BB apresentou proposta envolvendo desembolsos próprios e também dos associados, no valor de 34 milhões de reais mensais, com o objetivo de trazer equilíbrio financeiro e encaminhar os projetos da Cassi, incluindo a implementação da Estratégia Saúde da Família.
O que o banco propõe
A proposta financeira apresentada prevê contribuição mensal extraordinária dos participantes do Plano Associados, ativos, aposentados e pensionistas, no valor de 1% do salário ou benefício até dezembro de 2019, equivalendo a 17 milhões de reais ao mês. Também propõe investimento patronal, paritário ao montante dos associados, a título de ressarcimento de despesas.
Assim, o valor desembolsado pelo BB corresponderia à contratação e pagamento das despesas com consultoria especializada para análise dos projetos e com ressarcimento extraordinário, também até dezembro de 2019, de despesas mensais dos Programas de Atenção Domiciliar (PAD) e Assistência Farmacêutica (PAF), das Coberturas Especiais e da estrutura própria de atendimento composta pela CliniCassi. Estas despesas mensais seriam de programas vinculados ao Plano de Associados em montante igual à contribuição extraordinária dos associados (próximo de 17 milhões de reais em agosto de 2016).
Acompanhamento, prestação de contas e auditoria
Como forma de acompanhamento dos projetos e implementação das propostas, a Cassi deverá fazer prestação de contas trimestral ao Corpo Social (Associados) e ao Banco do Brasil.
Também deverá instituir, pela proposta do BB, uma Gerência de Assessoramento ao Comitê de Auditoria (Coaud) para reforçar o papel de apoio do Coaud ao Conselho Deliberativo em relação à supervisão dos processos internos e também o acompanhamento dos projetos.
A proposta contempla ainda a necessidade de aperfeiçoamento no processo de recrutamento e seleção da Cassi e melhoria no sistema de acompanhamento de gestão, com indicadores a serem desenvolvidos e estabelecidos pela Governança da Cassi.
Consulta ao Corpo Social
Para ser validada, a proposta deverá ser formalizada por meio de acordo entre as entidades que compõem a Mesa de Negociação, nos colegiados da Cassi e do BB, e encaminhada para consulta ao Corpo Social.
Entidades cobram melhorias na proposta
As entidades que compõem a mesa de negociação afirmaram ao banco que há necessidade de revisão nos valores apresentados, uma vez que a proporcionalidade contributiva do custeio da Cassi, de 60% do BB e 40% dos associados, não está sendo respeitada.
Os representantes dos funcionários, assessorados por dirigentes eleitos da Cassi, cobraram ainda que o banco faça um detalhamento de cada programa no âmbito da Cassi, para que se tenha um melhor esclarecimento da proposta apresentada.
Para Rafael Zanon, representante da Fetec-CUT/CN na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, há avanços na contraproposta do banco, já que apresentou valores, concordando em investir na Cassi. “Precisamos, agora, lutar para aumentar o valor dos investimentos patronais e manter a proporcionalidade contributiva na Cassi.”
Fonte: Fetec-CUT/CN, com Seeb Brasília e Contraf-CUT