Escrito por: Érica Aragão e Igor Carvalho - CUT
São Paulo - Na última quinta-feira (22), na sede nacional da CUT, em São Paulo, foi realizada a primeira reunião da “Frente Povo Sem Medo”, desde o anúncio do coletivo. Durante o encontro, representantes da das entidades que compõem o fórum, entre elas a Central, e movimentos sociais decidiram por realizar o primeiro ato nacional do coletivo no dia 8 de novembro.
Os focos desta primeira manifestação serão os pedidos de afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e de mudança da política econômica adotada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para o País, que não tem apresentado resultados positivos.
“Esta reunião é importante e saímos otimistas daqui. O povo brasileiro não pagará por essa crise e nem aceitará a pauta imposta pelo governo. Iremos às ruas contra o avanço do conservadorismo e não aceitaremos saídas à direita”, afirmou o coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos.
A “Frente Povo Sem Medo” é composta por mais de 30 movimentos sociais que, juntos, estão presentes em 15 estados. Em seu manifesto, divulgado no lançamento do coletivo, há uma conclamação para que a população saia às ruas.
“No momento político e econômico que o país tem vivido se torna urgente a necessidade de o povo intensificar a mobilização nas ruas, avenidas e praças contra esta ofensiva conservadora, o ajuste fiscal antipopular e defendendo uma saída que não onere os mais pobres”, defende a carta.
A professora Janeslei Aparecida Albuquerque assumiu a “Secretaria de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais” da CUT, uma das três novas pastas criadas na Central após o 12º CONCUT. A dirigente já esteve presente na reunião da “Frente Povo Sem Medo” representando os cutistas.
“A CUT como uma Central com a importância que tem para a classe trabalhadora no Brasil e no mundo, está junto com os movimentos que estão nas ruas contra a retirada dos direitos dos trabalhadores. No Congresso Nacional, dominado pelo fundamentalismo, pela bancada da bala, do latifúndio e dos bancos, a CUT tem exercido um importante papel de oposição a essa direita que ataca um conjunto de direitos do campo do trabalho e dos direitos sociais e civis”, afirmou a secretária.