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16 de Outubro de 2015 às 09:55

Firmes e fortes na greve, bancários realizam ato nesta sexta em SP

A partir das 15h, tem ato na Paulista, em conjunto com outras categorias


Crédito: SEEB/SP

Onze dias de greve e nada de os bancos se mexerem. Se acham que vão vencer os bancários pelo cansaço, estão enganados. Cada vez mais trabalhadores participam da greve em todo o Brasil e é uma das maiores mobilizações da categoria nos últimos anos.

E assim está essa sexta-feira (16). Cerca de 600 trabalhadores do Bradesco Financiamento, que fica na Alameda Santos, região da Paulista, cruzaram os braços pela primeira vez e fortalecem a greve. Também do Bradesco estão parados Núcleo Alphaville, Prédio Paulista, Telebanco e Nova Central. No Banco do Brasil estão fechados CSA e prédio da Rua 15 de Novembro, no Centro, Complexo São João, CABB e SAC na Verbo Divino. Caixa Federal na Rua Carlos Sampaio e na Paulista também estão paradas.

Os centros administrativos Casa 1 e 3 do Santander permanecem fechados. Dirigentes sindicais passaram a madrugada de pijama em frente ao Vila Santander em um ato lúdico para denunciar a tentativa do banco em desrespeitar a lei de greve enviando carros para buscar seus funcionários para furar a greve. A concentração continua fechada nesta sexta. Anteriormente, o Itaú já havia sido flagrado praticando a mesma ilegalidade, sendo condenado pela Justiça.

Ato na Paulista
É dia de ir pra rua! Nesta sexta-feira (16), um grande ato conjunto tomará a Avenida Paulista. A concentração será a partir das 15h, no vão livre do Masp. Junto com os petroleiros, que também estão em campanha, os bancários vão exigir aumento real para salários, manutenção dos empregos, fim da sobrecarga de trabalho que adoece, da terceirização fraudulenta. Também participarão trabalhadores do setor de alimentação, o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e dos Sem Terra (MST).

Tuitaço
Participe também do tuitaço #exploraçãonãotemperdão e mostre sua indignação com a falta de nova proposta. Vale reclamar das condições de trabalho, do assédio moral, da falta de plano de cargos e salários no seu banco, da pressão para cumprir metas exorbitantes. 

É possível negociar
Outros setores da economia, nem tão pujantes como o financeiro, apresentaram propostas para seus trabalhadores, muitos deles atingidos diretamente pela crise internacional. É o caso dos metalúrgicos, que estão em campanha e têm a mesma data base dos bancários: 1º de setembro. Apesar de sofrerem diretamente os efeitos da queda na venda de automóveis e caminhões, dezenas de empresas do ABC paulista ofereceram aos seus empregados a garantia do índice que recompõe pelo menos a inflação do período, de 9,88%.

O setor químico de São Paulo, também propôs aos seus empregados a correção dos salários pelo percentual equivalente à variação integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período de novembro de 2014 a outubro de 2015, que deverá girar em torno de 10%. A data-base da categoria é 1º de novembro.

"Como pode um setor em que a crise passa longe querer impor perdas aos seus empregados?", questiona a vice-presidenta da Contraf-CUT e presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira. "Os bancos estão mais uma vez comprovando sua falta de compromisso, não só com seus empregados, a quem tentam convencer ser parte de um "time", mas também com o país e toda a sociedade brasileira. É um setor que tem totais condições de ajudar o país a sair da crise, retomar o crescimento, mas faz o contrário."

Ontem 
Cerca de 60 mil bancários cruzaram os cruzados na quinta-feira 15, décimo dia de paralisação. Foram 818 locais de trabalho, sendo 794 agências e 24 concentrações, em São Paulo, Osasco e região. No Brasil, foram 11.818 agências e 44 centros administrativos, totalizando 11.862 locais, em 26 estados e no Distrito Federal. 

Fonte: Seeb SP


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