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30 de Junho de 2020 às 15:48

Fetec-CUT/CN se solidariza com os entregadores de aplicativos na greve desta quarta-feira 1º de julho

Eles são mais de 10 milhões de trabalhadores superexplorados em todo o país. Trabalhe até 14 horas por dia, sem nenhum direito trabalhista ou proteção na pandemia


A Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) manifesta apoio integral à paralisação nacional dos entregadores de aplicativos marcados para esta quarta-feira 1º de julho.

Segundo dados da Pnad-IBGE de 2018, divulgados em dezembro de 2019, foram no país que o momento mais de 10 milhões de brasileiros trabalhando como entregadores de aplicativos, grande parte deles para empresas multinacionais como Rappi, Ifood, Loggi e UberEats.

A greve pode se estender a outros países da América Latina onde essas empresas também operam.

Como como as principais reivindicações dos motoboys são o aumento do valor das entregas mínimas e dos pagamentos recebidos pelo quilômetro rodado, fim dos bloqueios indevidos e mudanças dos sistemas de pontuação das plataformas, que consideram injustas.

Durante a pandemia de Covid-19, os entregadores reivindicam também o custeio pelas empresas de equipamentos de proteção como luva, máscara, álcool em gel, e licença remunerada para os trabalhadores que foram contaminados. Além disso, os entregadores reivindicam benefícios, como vale-refeição e seguro contra roubo, acidente e de vida.

"Como trabalhadores do sistema financeiro, manifestamos solidariedade a essa imensa massa de trabalhadores superexplorados que cumprem jornadas extenuantes de até 14 horas diárias, de forma precária, recebendo remuneração insignificante, sem direito nenhum trabalhista, sem direito ao plano de saúde e sem segurança", afirma Cleiton dos Santos, presidente da Fetec-CUT/CN.
"Nesta quarta-feira 1º de julho a melhor contribuição que podemos dar
à paralisação dos entregadores não é pedir nenhum serviço de entrega, de forma a pressionar as empresas a atender às reivindicações dos trabalhadores", acrescenta. "No médio e longo prazos, a solidariedade que podemos prestar a eles é ajuda-los a se organizarem em associações de classe, de forma que tem mais poder de pressão contra os exploradores."

Fonte: Fetec-CUT/CN, com informações da CUT Nacional e da RBA


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