São Paulo - Os Sindicalistas do Setor Financeiro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa se reúniram, entre quinta (31) e sábado (2 de abril), no Hotel Marabá, em São Paulo, para debater os problemas comuns aos trabalhadores do Brasil, Angola, Moçambique, Portugal, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
Entre os objetivos do evento estão o intercâmbio, troca de experiências e organização dos países da CPLP; institucionalização da Língua Portuguesa como língua de trabalho nas organizações internacionais; e necessidade de formação sindical para criação de quadros sindicais em todos os países.
“Nós estamos construindo um processo de solidariedade internacional de classe dentro da CPLP, num espaço democrático e de defesa dos trabalhadores, unificando as diferentes lutas enfrentadas em cada país”, afirma Mario Raia, Secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT.
A presidência do Fórum é rotativa, com duração de dois anos. Atualmente, é ocupada pelo SNEBA- Sindicato Nacional dos Empregados Bancários de Angola. A alternância para o cargo ficou estabelecida por ordem alfabética de países, portanto, o Brasil, representado pela Contraf-CUT, assumirá o cargo neste segundo encontro em São Paulo.
“O Fórum leva em conta o atual momento de fragilidade do sistema financeiro internacional, os problemas enfrentados pelos seus trabalhadores e a internacionalização dos negócios e interesses dos diferentes órgãos que compõem a CPLP. É um debate importante, enquanto projeto de integração dos países de língua portuguesa”, explica o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten.
Além da realização do Fórum a cada dois anos, são previstas reuniões técnicas e temáticas intercaladas. Seguindo a rotatividade na presidência, o próximo encontro do Fórum será em Cabo Verde, em 2018.
Dentro da programação em São Paulo, os sindicalistas dos diversos países também participarão nesta quinta-feira (31) da Jornada Nacional em Defesa da Democracia, Golpe Nunca Mais”, na praça da Sé, no centro da cidade.
“É mais uma demonstração das diversas manifestações de solidariedade que temos recebidos de comunidades internacionais”, finaliza Mario Raia.
As mesas de debate do Fórum contarão com o chefe do setor de UNI Finanças Global, Marcio Monzane; o secretário de Relações Internacionais CUT Brasil, Antônio Lisboa Amâncio do Vale; e a presidenta Mundial da UNI Finanças, Rita Berlofa, que também é diretora-executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Fonte: Contraf-CUT