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5 de Maio de 2016 às 06:05

Fenae repudia retomada da narrativa para enfraquecer e privatizar a Caixa

Entre outros pontos, texto do jornalista Vicente Nunes, do Correio Braziliense, lamenta a falta de acionistas minoritários para cobrar resultados do banco, numa defesa clara para que ocorra, no mínimo, a abertura de capital


Crédito: FENAE
Brasíllia - O texto “Caixa em perigo”, publicado nesta terça-feira (3) no blog do jornalista Vicente Nunes (Correio Braziliense), dá sinais do discurso que deve ser fortemente retomado em breve: o de que a Caixa Econômica Federal está enfraquecida e que apenas a privatização pode salvá-la. A narrativa não é nova, trata-se da mesma que foi adotada na década de 90. Para diretores da Fenae, no entanto, é fundamental que o banco continue 100% público.

“Repudiamos veementemente a alegação de que a Caixa é ‘terra arrasada’. O que se vê é uma instituição que cumpre um importantíssimo papel social e que tem sido, nos últimos anos, protagonista na melhoria de vida de milhões de brasileiros. Há problemas? Claro. E temos cobrado esclarecimentos da direção sempre que preciso. Mas as soluções passam pela manutenção da empresa pública e pela valorização dos empregados. Não aceitaremos nenhum retrocesso”, afirma o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.

Para Fabiana Matheus, diretora de Administração e Finanças da Federação, são inadmissíveis os ataques aos programas sociais que transformaram o país. “Dizer que o Minha Casa, Minha Vida só resultou em prejuízos é absurdo. Foi graças a ele que milhões de famílias conseguiram finalmente realizar o sonho da casa própria. Já com investimentos feitos com recursos do FGTS foi possível, entre outros, levar saneamento, energia e mobilidade para mais pessoas”, diz.

O vice-presidente da Fenae, Clotário Cardoso, lembra que a Caixa Econômica Federal não pode ser um banco que prioriza o lucro, como os privados. “O texto culpa também a expansão da carteira de crédito. Não considera, porém, que isso foi essencial na superação de crises econômicas e tem ajudado os brasileiros no enfrentamento das dificuldades do dia a dia. Não é à toa que são mais de 80 milhões de correntistas e poupadores”, avalia.

Jair Pedro Ferreira destaca ainda o último parágrafo do texto de Vicente Nunes, que considera um dos mais graves. “Quando lamenta a falta de acionistas minoritários para cobrar resultados, transparência e governança, fica muito clara a defesa para que, no mínimo, ocorra a abertura de capital. Essa não é a Caixa de que o Brasil e a população precisam. Acionistas só querem o lucro, a atuação social ficará em segundo plano ou até mesmo acabará”, finaliza.

Fonte: Agência Fenae

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